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Diário da Pandemia – 218º dia de confinamento:

Outubro 22, 2020

Passeamos um pouco hoje, começando já pela manhã. O roteiro incluiu as cidades de Gramado, Canela e Nova Petrópolis. Na primeira, visitamos o bonito Lago Negro e o centro; na segunda, uma rápida passada pela Cascata do Caracol; e, na terceira, um café no centro. Como a “idade está pegando”, foram passeios legais, mas levemente cansativos. Paciência! Amanhã, um café prometido na prima Paula nos espera, e o Diário deverá também relatar isso.

Falando em idade, tenho uma história curiosa e divertida para contar. Ela recorda meus tempos de criança bem pequena, na querida São Miguel do Oeste, em dias de chuva, e foi relembrada há pouco pela tia Gentila e pela mãe.

Como eu era uma criança um tanto quanto medrosa, tinha medo de muita coisa. E de trovões, eu sentia verdadeiro pavor. Até que minha mãe teve uma ideia genial: inventou que os trovões eram São Pedro, nos céus, jogando bolão!

Gostei da história, tanto que me convenci com ela e passei a me acalmar quando os ditos trovões apareciam. Entretanto, em um dia de chuva forte e muitos trovões, repeti, a meu saudoso avô paterno – a quem dedicarei um Diário futuro –, que “era São Pedro jogando bolão”. Ele riu muito, porém não questionou a minha fala.

Dias depois, o vô, ainda no espírito da brincadeira materna, me levou a uma cancha de bocha, das poucas que havia no centro de São Miguel do Oeste na época, para eu escutar os barulhos de trovão. Foi interessante e divertido!

Como prometi, contarei outras aventuras vividas com o saudoso vô Ângelo! Aguardem!

Novamente, “conclamo” todos a visitarem o site. Lá, o Diário de hoje aguarda vocês – além de todas as mais de 200 edições anteriores –, para uma saudável releitura. Não esqueçam, também, de curtir e compartilhar!

Como estamos em viagem, a sugestão literária saúda nosso roteiro: “O quatrilho” (José Clemente Pozenato). Ambientado na região colonial gaúcha de Caxias do Sul, nos fins do século XIX, o livro relata uma história de troca de casais. Assim, o título da obra sugere a analogia com o jogo de quatrilho (jogo de cartas comum, naquele período, entre os camponeses – imigrantes italianos – daquela região).

Boa noite!

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