Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 262º, 263º e 264º dias de confinamento:
O final de semana foi infelizmente marcado por novas e incômodas dores no ombro. Isso aconteceu principalmente no sábado – sem motivo aparente –, já que, após medicação, estabilizou um pouco. Além disso, como já costumeiro, muita preguiça e reservar um tempo para assistir a vários jogos de futebol na TV – além do time idolatrado, torcedor que se preze “seca” os adversários. Hoje, bastante “correria”, porém sem muita produtividade – mas “faz parte” do processo...
Há alguns dias, surgiu uma polêmica, envolvendo jornalistas de um veículo de comunicação gaúcho, por conta de comentários – considerados inadequados – sobre o assalto “de cinema” ao banco em Criciúma. Vocês devem ter acompanhado. A partir disso, resolvi propor o debate sobre uma interessante expressão (da área policial): “tudo o que você falar/dizer pode ser usado contra você”.
Basicamente, essa sentença é utilizada quando, ao ser preso o pretenso malfeitor, a autoridade policial o alerta de que tudo aquilo que ele pronunciar pode ser usado como prova contra si próprio. Então, nessa situação, o melhor – ou mais indicado – é ficar absolutamente calado.
Estendendo para um âmbito maior da vida cotidiana, observamos que, cada vez mais, em nome (ou não) do politicamente correto, precisamos constantemente “policiar” nosso discurso – aqui entendido como qualquer fala dirigida a alguém. Por quê? Porque podem nos imputar a “sua” interpretação sobre o que dissemos.
Vamos a um exemplo prático para bem ilustrar: quando professor universitário (parece que já faz séculos isso), propunha a meus alunos interpretarem uma afirmação de um político famoso da década de 1990, que dizia “vou acabar com os pobres!”.
Pois bem, na expressão dele, é possível duas diferentes interpretações, basicamente: 1. erradicar a pobreza; 2. exterminar os pobres. Qual é a adequada? Aquela que interessa ao interpretador, independente de o autor defender a primeira, por motivos quase óbvios.
Então, fica o alerta para que, antes de pronunciarmos algo, façamos um exercício mental, verificando se aquilo que pretendemos dizer está suficientemente claro a ponto de não ser utilizado contra nós!
Boa noite!