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Diário da Pandemia – 21º dia de confinamento:

Abril 08, 2020
A volta às atividades, mesmo que de forma “remota”, parece proporcionar um pouco de alento no cenário de caos em que vivemos. Novamente, dediquei uma parte do dia a preparar atividades para os alunos e a estar disponível para atendê-los em suas dúvidas – tarefa que é bem interessante pela multiplicidade de personalidades que os caracteriza: há os tranquilos, os ansiosos e os muito ansiosos!
 
Pensei em hoje, no Diário, tratar não do passado, nem do futuro, mas sim do presente. Isso porque já faz cerca de um mês que não realizo uma atividade que me proporciona um prazer indescritível e confessável. Isso mesmo: confessável, para as chamadas “mentes poluídas” não pensarem em besteiras nesta hora...
 
Quero falar somente do prazer que me proporciona beber uma boa xícara de café na panificadora de meu amigo. Costumeiramente, saía do trabalho e, ato contínuo, dirigia-me ao estabelecimento. Chegando lá, pela amizade com as atendentes, já pedia uma boa xícara de café, geralmente acompanhada por uma fatia de bolo ou algum salgado (perdoem-me, pela verdade, caros Rafa e Índio – meus “personais”).
 
Esse momento, para um bom amante do café – produto genuinamente nosso – é indescritível. Nunca fui fá de drogas, lícitas ou ilícitas, mas acredito que a sensação deva ser semelhante.
Além disso, estar em um ambiente legal, relaxando por alguns minutos, pelo menos para mim, é verdadeiramente rejuvenescedor. Sempre fui fã de café, mas não esse bebido em casa, e sim aquele sorvido, aos pequenos goles, fora de casa. Minha prima Paula, de “Casias”, compartilha desse gosto comigo.
 
Fora isso, mantive poucos contatos com outras pessoas hoje. Nada de TV, o que tem sido a tônica dos últimos dias (ainda bem!), e pouca net.
 
Há, conversei, por cerca de meia hora, com meu amigo de longa data, Elton. Ambos preocupados com a escalada de mortes pelo vírus no Brasil. Mas, talvez, mais ainda apreensivos com os rumos da vida humana nos próximos tempos. Afinal, como todos parecem saber, mesmo não sendo cientistas de “talha”, o dito vírus gosta dos tempos frios – algo que, aos poucos, está chegando ao nosso querido Sul. Em tempos: o Elton também pediu para escrever menos linhas no Diário – “se não, é muito cansativo de ler!”...
 
Como serão os dias vindouros? Na verdade, ninguém sabe com certeza como tudo ficará. Ao lado de centenas de pessimistas, há outras centenas confiantes de que vivemos um período conturbado, mas com data (ainda incerta) de finalização. Prefiro, pela nova forma como conduzo minha vida há cerca de um ano, acreditar em bons tempos, mesmo que as previsões sejam alarmantes.
 
Não gostaria de terminar hoje sem sugerir mais uma leitura legal. Trata-se de “Precisamos falar sobre o Kevin” (Lionel Shriver), sobre a mãe de um psicopata juvenil e suas cartas ao filho na prisão.
 
Boa noite a todos!

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