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Diário da Pandemia – 434º dia de confinamento:

Mai 26, 2021

Último dia de atestado – amanhã, então, retornarei às “lidas” da escola. Com isso, fiquei bastante por casa, ora “navegando” nas redes sociais, ora ajeitando alguma coisa. Fora disso, apenas fui à clínica, para fazer a ressonância da perna “problemática”. Em Xanxerê, fez um leve frio o dia inteiro, mas nada que assustasse. Os próximos dias, porém, devem ser de temperaturas mais baixas. Aguardemos!

Acho que já devo ter contado no Diário que gosto muito do gênero literário conto. Inclusive, já escrevi alguns ao longo desta “pacata” vida. Hoje, por isso, vou apresentar para vocês o conto “uma relação diferente”, de minha modesta autoria:

Ele, um homem taciturno de meia-idade, sempre acordava cedo, porém, hoje, atrasou-se além da conta. Assim, mal e mal disse a ela que precisava correr para o banho. Na porta do quarto, chegou a soprar para ela um cândido beijo.

Banho tomado, preparou rapidamente seu café com torrada – prato preferido ao iniciar o dia. Ela continuava no quarto, imóvel, estática. Isso não o importou, pois estava realmente muito atrasado.

Café finalizado, pegou a maleta e teve apenas tempo de gritar, já girando a maçaneta da porta de saída do apartamento: “Me aguarde! À noite, estarei de volta!”. E seguiu em direção ao carro.

No caminho para o trabalho, dirigindo ao som do rádio, lembrou dela e teve saudades. Talvez tenham sido os carinhos às costas; talvez o cheiro dela nos lençóis. Na verdade, sentiu vontade de estar novamente com ela; só com ela.

Durante o trabalho, no suntuoso escritório localizado no centro da cidade, não parava de recordar a noite passada: as carícias e os momentos de satisfação plena. Sentia-se, então, apaixonado por ela. Uma grande e arrebatadora paixão.

O dia de serviço chegou ao fim. Rapidamente, foi até o carro e dirigiu velozmente para casa. Queria senti-la de novo, e muito; quase não se aguentava de vontade. Com isso, quase “furou” um sinal vermelho.

À porta de casa, seu coração parecia querer explodir de tanta ansiedade. No trajeto até o quarto (já sabia que ela o esperava lá), foi tirando suas roupas, uma a uma... Deliciava-se, antecipadamente, com o que viria a seguir.

Então, último ato, planejou um salto sobre ela, gritando: “voltei, minha cama nova!”.

Enganei vocês? Acredito que sim! Kkkk

Boa noite!

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