Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 28º dia de confinamento:
Abril 15, 2020
Sinceramente, nenhuma vontade de escrever nada hoje... Decepção com pessoas que admirava tornaram meu dia péssimo. Sabe quando alguém te liga e você já sente, premonitoriamente, que é para futilmente “encher o saco”? Foi mais ou menos assim. Mas como tenho alguns leitores fiéis, que sei gostarem e esperarem meu texto, não vou deixá-los na mão.
Ontem, meu amigo e ex-colega de Banco do Brasil (BB), Gelso, instou-me a rememorar os velhos tempos de trabalho na agência de Vargeão – lá pelos idos de 1997 a 2002. Época boa, de juventude e viço, como diria o poeta.
Por questões de destino (haviam fechado o Cesec em Chapecó), e querendo permanecer na região, em função da namorada na época e a proximidade com a família, resolvi pedir transferência para o BB de Vargeão. Local mais próximo onde tinha vaga na época.
Assim, saía de Xanxerê todas as manhãs, cumpria meu expediente e retornava para casa no final da tarde. Lá, fui atendente, caixa executivo, substituto de gerente de expediente e até, em algumas parcas ocasiões, substituto de gerente.
Agência pequena, éramos muito irmanados, cada um com sua personalidade. Havia o Potrich (italiano da gema), o Paulo (alemão teimoso), o José Eduardo (fumante inveterado), o Neoli (grande amigo até hoje) e alguns gerentes que não vale a pena lembrar – eles sabem o porquê, e eu também.
Sendo em poucos, praticamente todo mundo fazia um pouco de tudo. Eu gostava particularmente do caixa e quase nada do atendimento. Nunca fui (e acredito nunca serei) bom no “trato” com as pessoas. Assim, alguns clientes, gostava de atender, e outros, detestava.
Pois é, nunca diga “desta água nunca mais beberei”... Por novas forças do destino, 17 anos depois (ano passado) estava voltando a Vargeão, agora para ser professor... Talvez o tempo diga se “arrependimento mata”!
Um desabafo: tudo bem governantes não estarem “nem aí” com a educação; pais se “lixarem” para professores; haverem alunos serem relapsos, mal-educados e sem vontade, mas quando há falta de apoio “interno”, não sobra muita coisa na dita “educação”. Estou ficando verdadeiramente decepcionado com quem gere os “destinos” da educação. Parece mais ou menos assim: eu tenho “mil” anos de experiência e tenho o direito de interferir em como você deve lecionar. Se você não se enquadrar – fizer como “acho certo” –, você está completamente errado. Pena existirem pessoas com um pensamento tão pequeno assim... Sempre defendi a educação como autonomia do sujeito e livre expressão (inclusive com respeito ao trabalho do professor habilitado em determinada área), mas, para algumas pessoas, ela é produto de sua “formação”. “Bela formação” que elas possuem, diria minha saudosa avó!
Boa noite a todos!