Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 54º dia de confinamento:
Mai 11, 2020
Poderia classificar o dia de hoje como “morno”. Sem muito o que fazer, fui rapidamente ao banco repor os créditos para o celular. Fora isso, o almoço cotidiano e algumas “espiadas” nas redes sociais. Há 20 anos, numa situação de pandemia como essa, sem celular, o que faria com todo o tempo livre? Acho que iria empregá-lo lendo bons livros – e a lista seria infindável.
Na verdade, hoje não tinha um assunto específico para escrever. Até que me lembrei de uma importante lição que aprendi com minha mãe faz muito tempo: ser solidário com quem mais precisa. Bom tema este, a tal solidariedade.
Confesso que sou avesso a participar dos chamados clubes de serviço. Sei lá o porquê. Assim, manifesto minha solidariedade de diferentes formas. Uma delas é doando algum valor financeiro para causas sociais. Recentemente, lembro-me de ter auxiliado uma menina do RS, que estava com dificuldades para comprar seu material escolar.
Mas quero contar particularmente dos pequenos trocados que, frequentemente, destino a um senhor simpático, a quem falta uma perna (direita, se não me engano) e que está geralmente à porta do BB daqui da cidade.
Pois bem, como já disse antes, minha mãe me ensinou a ajudar essas pessoas pelo simples ato de ajudar, sem esperar louros pelo feito – mesmo porque a colaboração para alguém não precisa de plateia ou vanglórias.
Sei que muitos podem ser contra a dita “esmola”. Mas, para mim, faz muito bem ajudar com alguns trocados, que não me farão falta, e, para a pessoa auxiliada, representam muito. Então, posso estar sendo contrário ao ditado “não dê um peixe; ensine a pescar”, mas essa minha pequena atitude faz com que eu me sinta muito bem. Ah, o sujeito vai usar o dinheiro pra comprar “cachaça”; bom, se for isso, é a consciência dele que deve doer, e não a minha...
Já sabem que sou muito fã do José de Alencar, não é? Pois, então, hoje, sugiro “Iracema”, de sua autoria. O romance, publicado em 1865, retrata a história de um casal composto por Iracema – a índia de lábios de mel, detentora do segredo de Jurema (uma bebida preparada para as festas religiosas) e filha do pajé Araquém, da tribo Tabajara – e Martim – um colonizador português que vive na tribo inimiga Pitiguara.
Boa noite a todos!