Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 990º, 991º e 992º dias:
As reuniões com amigos, quando acompanhadas por boa comida e boa bebida, costumam ser inesquecíveis! E assim o foi no último sábado ao meio-dia, por ocasião do “churrasquinho” envolvendo eu, Mestre Elino, Jones, Fábio e Marcelo – em nosso último bom encontro, o cardápio havia sido uma boa sopa de agnoline, lá em abril. Nessa mesma tarde, conversei com o amigo Elton e jogamos algumas partidas de sinuca – “evento” já tradicional quando nos encontramos. No domingo, porém, fiquei mais “quieto em meu canto”. Hoje, então, retornei e assisti à inconteste vitória do Brasil sobre a Coreia, o que nos levou às quartas de final da Copa!
Sim, sem dúvidas, todos os dias, devemos comemorar o fato de vivermos um dia a mais. Entretanto, naqueles momentos de reflexão íntima, acabamos pensando (e muito) sobre a dualidade “vida x morte”. Num deles, fiquei imaginando “o que eu gostaria de ver escrito em minha lápide”.
Para início de conversa, esclareço que estou “bem vivo”. Até prova médica em contrário, deverei viver (se assim Deus o permitir e quiser) por mais algumas boas décadas. Mas isso não me isenta de pensar nela (a terrível morte) e outras situações ligadas a ela.
Então, como todos bem sabem, uma lápide constitui uma pedra com uma inscrição que comemora algum fato ou que celebra a memória de alguém, geralmente cobrindo um túmulo. Com isso, ela “eterniza”, para a posteridade, a personalidade do defunto e os seus grandes feitos.
Nesse aspecto, fico a pensar: o que realizei de efetivamente significativo para estar escrito em minha lápide? O fato de ser um bom sujeito, honesto e pagador de seus compromissos? Ou, talvez, ter sido professor de milhares de alunos, em praticamente todos os níveis de ensino? Ou, ainda, aquele que se dispôs a escrever o indefectível Diário da Pandemia, num dos momentos mais conturbados da história da humanidade?
Enfim, amigos, como naquele momento derradeiro já terei partido para outro “plano”, deixo a vocês tanto a tarefa de confeccionar quanto a de escolher a inscrição em minha lápide! Só, por favor, não mintam sobre mim: nem “para mais”, nem “para menos”!
Boa noite!