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Diário da Pandemia – 65º dia de confinamento:

Mai 22, 2020
Dia de bastante chuva e um pouco de frio. Ensaio do que poderá ser nosso inverno, apesar de que, devido ao vírus, seria melhor termos uma estação menos fria. A chuva, porém, é muito salutar, já que uma maléfica estiagem estava se avizinhando de nós e querendo permanecer.
 
Levei o carro à oficina, para revisão dos 60.000 km. Em um curto espaço de tempo – três anos – percorri toda essa quilometragem. Como posso ter andado tanto em tão pouco tempo? Não sei responder...
 
Por falar em carro, relembrei rapidamente dos veículos que tive até hoje. Tudo começou com um Chevette 1975. Que alegria ter o primeiro carro, mesmo que velho e alquebrado! Lembro com alegria das várias viagens que fiz com ele, mesmo que seu estado de conservação não recomendasse tanto.
 
Depois, “evoluindo” um pouco, tive outro Chevette, agora 1982, a álcool. Devia fazer uns três quilômetros por litro – bebia bem mais do que eu à época! No mesmo dia em que o comprei, convidei o Jonas, amigo e colega de República (aquela dos Bixos), a fazer uma viagem de Chapecó a São Miguel do Oeste. Jogo rápido: saímos fim de tarde de um dia e, na manhã seguinte, já estávamos de volta... Sãos e salvos, graças a Deus!
 
Mas minha maior felicidade foi quando adquiri meu primeiro carro zero quilômetro: um Uno Mille, 1994. Pintura perolizada, sentia-me o “poderoso” rodando com ele por aí. Até que, ao ir a um baile, riscaram (invejosos!) toda uma lateral dele. Quase chorei de raiva. Carro consertado, pouco tempo depois, desci uma ribanceira – resultado: perda total e aí adquiri mais um Uno, também novo, em 1997.
 
O melhor carro que tive, indubitavelmente, foi uma Toro, de 2016 a 2017. Carro ótimo, apesar do alto consumo de combustível. Não tive tempo de curti-lo muito, pois, por ironias do destino, mudei meu rumo profissional e precisei desfazer-me dele.
 
Aí chegamos ao meu atual Uninho (2017). Bom, econômico e confiável. Não posso me queixar dele, pois ele me leva onde qualquer carro maior me levaria. O certo é que nunca fui deslumbrado por querer ter o melhor, mais possante e mais caro veículo. Penso que, em primeiro lugar na vida, devemos ter nosso teto. O carro, além de supérfluo, pode ser substituído até por uma boa bicicleta. Concordam?
 
Boa noite a todos!
 

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