Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – Oitavo dia de confinamento:
Março 26, 2020
Tive uma noite agitada, o sono não foi muito tranquilo. Não sei bem o porquê.
Logo pela manhã, resolvi, diferente dos outros dias, definir um planejamento de diferentes atividades para passar o dia. Entre elas, lavar a louça; consegui fazer quase tudo, mas a louça ainda está esperando na pia... Como diz minha mãe, “a louça não sente dor”; então, pode esperar mais um pouco.
Como de costume diário dos meus últimos 30 anos, liguei para a mãe, que está confinada no município de São Miguel do Oeste. Veinha sortuda: pelo menos o resguardo dela é porque passou 15 dias na Europa...
Entre assuntos sérios e outros nem tanto, recordamos de um fato divertido e doído (pra mim) que nos envolveu em minha longínqua infância.
Vou contar: um dia, devia ter eu uns seis anos, estávamos passeando pela cidade. De repente, avistei dois galhos pequenos de árvore no chão e tive uma brilhante ideia... Peguei cada galho com uma das mãos, comecei a correr rápido e gritar: “vou voar! Vou voar! Vou voar!”. O resultado não poderia ser outro: devo até ter levantado uns bons 40 centímetros do solo, logo “aterrissando”, com tudo, no chão. Socorrido logo pela mãe, estava todo machucado, sangue saindo das feridas noviças, mas triunfante de que havia “voado”...
Hoje, muitas décadas depois, desisti desse sonho de menino. Resido num quarto andar de um edifício e o que mais quero é estar com os pés fincados na terra.
O que aquela pequena aventura me ensinou? Certamente, a de não me aventurar em searas que não conheço. Trazendo para os sombrios dias atuais, reflito que devemos pensar em “voar” – se possível o mais alto que possamos –, mas desde que tenhamos segurança nesse voo.
Pra finalizar, creio que, logo, logo, poderemos voltar a nossa vida normal e, como diz o ditado popular, “tocar nossas vidas”. Misteriosamente, parece que o Ser Supremo que rege nossas vidas nos pede menos velocidade, menos tensão, menos discórdias e, por outro lado, mais amor e paciência. Prossigamos com fé!