Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 81º dia de confinamento:
Junho 07, 2020
Domingo foi de bom Sol. Para falar a verdade, nunca gostei muito do domingo; para mim, é um dia qualquer, como qualquer outro. Acho que pelo fato de que, durante uma boa parte de minha vida “produtiva”, passei muitos domingos revisando artigos, monografias, dissertações e teses ou corrigindo trabalhos de alunos. Já o sábado tem uma “aura” diferente: parece um dia mais positivo.
Conforme falei ontem, hoje o “bicho pegou”: passei boa parte da tarde atualizando os registros escolares de meus alunos. Vida de professor não é nada fácil, já digo isso há uns 30 anos mais ou menos! Agora, ao som da qualificada rádio Antena 1 (no momento tocando “Close to you”, de Maxi Priest), redijo o Diário de Hoje.
Um sonho que sempre tive na vida foi ser um colunista de jornal impresso, de sucesso, estilo Cacau Menezes. Para quem não conhece Cacau, ele foi colunista social do Diário Catarinense (DC) em sua versão impressa, que já não existe mais (culpa da maldita/bendita Internet). E eu fui assinante do DC durante muitos anos.
Assim, acho que, por mais de 20 anos, ele publicou sua coluna (de duas páginas inteiras do jornal) diariamente. Eu lia e invejava Cacau... Com sua escrita irônica e bem-humorada, ele falava da vida de ricos e famosos catarinenses em suas aventuras bem-sucedidas e desastradas. Não raro, era criticado ferozmente por quem se achava prejudicado pelos seus escritos. Depois que o jornal “impresso” morreu, nunca mais o acompanhei.
Um pouco dessa frustração (de não ser um colunista de renome e famoso), recupero aqui, ao fazer minhas crônicas diárias. O que tem, efetivamente, me causado um sentimento de muita realização, muito pelo número crescente de leitores de meus textos – desde a reportagem no Canal Ideal, tenho recebido cerca de 30 novos convites de amizade pelo Facebook. Por isso, vida longa ao Diário da Pandemia!
Hoje, mais uma sugestão literária envolvendo o mestre baiano: “Tereza Batista cansada de guerra” (Jorge Amado). O livro, publicado em 1972, traz uma personagem (Tereza Batista) que encarna a revolta da mulher que recusa a condição de fragilidade, não aceita ser objeto e luta por autonomia. A protagonista vinha se somar a outras figuras femininas magistralmente criadas pelo autor, como Gabriela e Dona Flor.
Boa noite a todos!