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Diário da Pandemia – 107º dia de confinamento:

Julho 03, 2020
Dia muito agitado, por conta de diversos compromissos que assumi ou que surgiram.
 
Assim, de manhã, concedi entrevista surpresa ao Canal Paulo Munaretti (de Xanxerê), para falar um pouco de minha vida e contar sobre o Diário – foi um bate-papo bem legal, com cerca de 30 minutos, transmitido via Facebook. Depois, à tarde, mantive contato com um amigo que há tempos não conversava (Davidson), com quem troquei algumas ideias a fim de impulsionar o Diário. Mais para o fim do dia, fisioterapia e o retorno à academia – o Índio já estava com saudades, confidenciou-me... Brincadeira, amigo Indiolan!
 
Pretendo, no Diário de hoje, rememorar com vocês um fato interessante ocorrido há quase 30 anos. Na ocasião, eu residia em Chapecó. Uma noite, no mês de dezembro (não lembro qual dia da semana), “solito” e querendo espairecer um pouco, resolvi ir assistir a um filme no único cinema da cidade, localizado no Centro Comercial Itajoara (que alguns, na época, erroneamente identificavam como shopping).
 
Chegando lá, estranhei, a princípio, pelo fraco movimento do local, que costumava estar mais agitado. Então, fui à bilheteria e adquiri o ingresso para ver o filme “Jogos patrióticos”, uma aventura com Harrison Ford fazendo o papel do espião Jack Ryan. Depois, comprei umas guloseimas e entrei no cinema.
 
Escolhida a poltrona (naquela época, não havia marcação prévia de lugar, como hoje), sentei e fiquei esperando até o início do filme. Tempo passa e ninguém chegava para ver o filme comigo. Até pensei: “todo mundo está atrasado”. Mais um tempo, e as luzes apagaram. Resultado: apenas eu era a plateia do filme!
 
Gostei muito do respeito que o cinema teve comigo, consumidor, na ocasião. Mesmo eu sendo o único pagante, pude assistir, quase de camarote, ao filme, muito bom por sinal!
 
Para hoje, sugiro como leitura “A hora da estrela” (Clarice Lispector). A história é narrada por Rodrigo S.M. (narrador-personagem), um escritor à espera da morte – ele é uma das peças-chave do livro. Ao longo da obra, o narrador reflete os seus sentimentos e os de Macabéa, a protagonista da obra.
 
Boa noite a todos!
 

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