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Diário da Pandemia – 201º dia de confinamento:

Outubro 05, 2020
A segunda-feira foi calmíssima. Como já havia antecipado ontem, cedo, levei o carro para o conserto do pneu furado. Depois, fiz a barba e também degustei um bom chimarrão. Como recomendado pelo médico, descansei à tarde e, depois, fiz uma breve vistoria no gramado do Edifício. Agora, pausa para o Diário, que espero seja do agrado de todos. Ah, o tempo, ainda bem quente, exige refrigeração constante – seja por climatizador, seja por ventilador.
 
Quero hoje tratar de um assunto um pouco delicado... Como o tema é, digamos, chato, peço que só queira “vestir a carapuça” quem verdadeiramente se incluir na temática. Vamos lá!
Já ouviram falar dos “barraqueiros”? Vejam bem, não pretendo fazer menção aos que vendem barracas... Um pouco de suspense! Na verdade, tenciono falar das pessoas que gostam de uma “boa” confusão, de qualquer que seja a ordem.
 
Assim, a meu ver, o barraqueiro está sempre pronto para reclamar de algo – do qual se sente vítima – e aprontar o maior “barraco”. Com isso, ele não “mede as palavras” e, se necessário, age com violência física. Para ele, não há meio termo: foi “injustamente prejudicado”, deve reagir e revidar, imediatamente se possível. Estão entendendo?
 
Não estou afirmando que a pessoa não deve requisitar seus direitos; porém, no caso do barraqueiro, ele se diz terrivelmente aviltado e não consegue, com isso, reclamar o que é certo na base do diálogo – precisa gritar veementemente, para que o mundo todo ouça que ele foi injustiçado.
 
Infeliz ou felizmente (sim, porque sempre aprendemos algo com um barraqueiro) conheço algumas pessoas assim. Inclusive, por incrível que pareça, fui “perseguido” por barraqueiros por ser “muito certo”. Aliás, uma das características básicas do barraqueiro (caso não goste de você) é te criticar por qualquer coisa: as pessoas com quem você se relaciona; o seu estilo de vestir; sua bebida e sua alimentação; a sua opção política, religiosa e futebolística; suas preferências televisivas e até o quanto você dorme – como se ele fosse o sujeito mais perfeito do “universo”!
 
Então, tenhamos muita paciência com os barraqueiros. E, como diz minha prima Paula (lá de “Casias”): “só Jesus na causa!”.
 
Boa noite!
 

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