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Diário da Pandemia – 202º dia de confinamento:

Outubro 06, 2020
Acordei mais tarde do que o costumeiro. Após o almoço, li algumas páginas de “Duma key”, e o ombro acabou exigindo novo repouso, prévio à academia e à fisioterapia. Há pouco, acompanhei os minutos finais da boa vitória da Chape sobre o Botafogo-SP. O dia, enfim, não foi tão sufocante em termos climáticos.
 
Sei que alguns leitores não gostam que o Diário entre com frequência na seara dos lamentos e lamúrias. Entretanto (acho bonita essa palavra!), hoje, preciso desabafar um pouco, ou seja, como se diz no popular, “chorar as pitangas”. Assim, podem reclamar à vontade nos comentários.
 
Tudo começou porque, ontem à noite, recebi uma ligação da diretora Dalva, para tratar de algumas questões da escola e também pedir como eu estava passando. Com isso, durante a ligação, acabei fazendo um rápido retrospecto de minha vida profissional dos últimos 23 anos.
 
Contei à Dalva que, em 21 anos de trabalho no meu serviço anterior (faculdade), havia faltado apenas três dias ao serviço por motivos de saúde – ou seja, um dia a cada sete anos. E na escola, infelizmente, em nem dois anos, já estava com três licenças-saúde, perfazendo 75 dias de afastamento no total. Sintomas da velhice se aproximando?
 
O que quer que seja, sei que tive muito azar neste ano, particularmente. Primeiro, foi a pandemia; depois, o calcanhar cortado; por fim, o “maledeto” ombro. O que virá à frente? Tenho até medo de pensar...
 
Nesse desabafo com a dire (como carinhosamente a chamamos), também relatei meu estado emocional muito abalado e a saudade dos alunos e dos colegas professores, além da necessária equipe multidisciplinar que está me atendendo neste período crítico (médico, fisioterapeuta, psicóloga e personal trainer). E, finalizando a ligação, eu disse que pretendo voltar, ao final da licença, com força total, para concluir bem este ano “estranho”. Desculpem o desabafo!
 
Alguns dias sem sugestão, vamos a mais um bom livro: “Memórias do cárcere” (Graciliano Ramos). O autor foi preso em 1936, acusado de ligação com o Partido Comunista. Escrito em quatro volumes (sem o capítulo final, pois ele faleceu antes de concluí-lo), a obra relata acontecimentos da vida de Graciliano e de outras pessoas que estiveram presas durante o Estado Novo.
 
Boa noite!
 

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