Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 231º dia de confinamento:
Quarta-feira relativamente parada. Acordei tarde (novidade isso?) e fui à imobiliária para resolver algumas questões do condomínio. Depois do almoço, um bom chimarrão (como aprecio o mate amargo!), seguido de uma sesta, para alívio do ombro adoentado. Sou um pouco ansioso; então, imaginem agora meu estado anímico pré-jogo de Fla x CAP pela Copa do Brasil – partida de volta...
“Panem et circenses” – ou seja, pão e circo – foi uma política presente durante a República Romana e o Império Romano, notadamente durante o reinado de Caio Graco. Por ela, forneciam-se ao povo (plebe) prazeres como a comida (pão) e o divertimento (circo).
Há controvérsias históricas sobre essa postulação do “pão e circo”, entretanto, hodiernamente, considera-se que esses dois elementos são utilizados para manipular o povo – assim, eu me incluo – e desviar a atenção de algo importante. E eu concordo com isso.
Essa questão ficou ainda mais clara para mim há apenas alguns anos, depois de ler o fantástico “1984” (de George Orwell, que já fiz sugestão literária alguns diários atrás). No livro, é fornecido pão e circo a uma determinada população, para ocultar o domínio e a pressão de uns poucos.
Então, proponho que analisemos juntos: novelas, espetáculos, futebol, tudo isso subsome a ideia de termos nossa atenção desviada de fatos maiores que poderiam nos causar revolta e, em consequência disso, rebeldia para a mudança. O autêntico pão e circo aplicados, assim, para o controle social.
Você está pregando a anarquia, a revolução??? Não digo isso, mas penso que somos um tanto quanto acomodados ao reivindicar nossos direitos legítimos e melhorias sociais. Exemplos “aos montes”: conformamo-nos com o pedágio por estradas melhores, quando já pagamos um IPVA para isso; caso o Governo anuncie reajuste no preço dos combustíveis, corremos ao posto para abastecer; pagamos alto imposto para possuir um terreno/uma casa e ainda concordamos em arcar com o (alto custo do) calçamento/asfalto em frente à propriedade. Acho que bastam três exemplos.
Sinceramente, espero que as futuras gerações – representadas por nossos filhos e netos – consigam não ser ludibriadas pela política do pão e circo...
Boa noite!