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Diário da Pandemia – 245º dia de confinamento:

Novembro 18, 2020

Preciso iniciar o Diário de hoje com um importante alerta: Xanxerê voltou ao nível de risco gravíssimo em relação à Covid. Infelizmente, isso era uma espécie de “tragédia anunciada”, visto o afrouxamento das condutas de prevenção nos últimos tempos. Na realidade, o que mais se vê nas ruas são cada vez menos pessoas utilizando máscaras e a despreocupação quase generalizada com o distanciamento social – sábado, por exemplo, precisei ir ao mercado, que estava atulhado de gente, uns fatalmente esbarrando nos outros... Assim, a tendência é voltar a superlotação de UTIs e enfermarias, além de consequentes novas mortes pela doença. Acorda, população, enquanto é tempo!

Nossa existência na Terra é constituída pelos chamados “ciclos da vida”. Tais como as estações do ano, os ciclos são quatro: temos o tempo de nascer, o de crescer, o de reproduzir e o de perecer – provavelmente, o mais triste e não desejado de todos.

Quando nascemos, um mundo inteiro descortina-se aos nossos sentidos. Apesar de nossa latente fragilidade nessa época, parece que seremos invencíveis e imortais, tamanha nossa força vital. Diferente das outras espécies animais, precisamos do cuidado constante dos adultos, que devem nos alimentar e nos proteger dos perigos.

Depois, quando estamos em fase de crescimento, descobrimos o mundo e suas quase infinitas possibilidades. É tempo de estudar e conquistar. Nossa vitalidade está no auge, e a natureza nos convoca a desfrutá-la ao extremo. Talvez seja a melhor “estação” da breve existência humana no planeta.

Então, chega o tempo de reproduzir. Como animais que somos, está em nosso gene a propagação da espécie. Em diferentes civilizações, trata-se a questão da reprodução de formas diferentes. Apesar de estarmos longe da “sanha” procriadora de nossos antepassados, muitos casais pensam em ter filhos e perpetuar seu sobrenome.

Por fim – e é o ponto final mesmo –, devemos partir. Para onde, ninguém tem certeza absoluta, porém, acredito em um Paraíso celestial, onde estão nos esperando nossos parentes falecidos, acompanhados por uma multidão de anjos. Assim, também é a hora de “prestar contas” pelos acertos e erros da vida terrena. Penso que, quando chegar minha derradeira hora, eu esteja “pronto”, com o coração leve, livre. E, assim, constitui-se a curta vida humana na Terra!

Boa noite!

Comentários  

0 #1 Clodo 19-11-2020 11:57
Muito legal!
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