Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 371º dia de confinamento:
Então, como ontem passei (muito) mal, hoje fui “recuperar o atrasado”, trabalhando bastante pela escola nos dois turnos. Ao meio-dia, tive a grata surpresa de almoçar com um ex-colega dos tempos do BB – apesar de estar muito bem aposentado (financeiramente falando), sofreu por contrair a Covid, no ano passado, e perder sua esposa (por outra doença), no início deste. Foi bom revê-lo e relembrar dos antigos tempos. Fora isso, fiz minha tradicional caminhada das quartas (fim de tarde), rejuvenescedora em todos os sentidos.
De todos os muitos “lados perversos” do ser humano, acredito que há um, em especial, que é mais terrível do que todos os outros: o “descaso”. Vamos a ele – peço desculpas, antecipadamente, se o texto tiver um tom um pouco (ou muito!) melancólico; esse não era meu objetivo.
O descaso, tal qual um furacão destemido e imparável, destrói carreiras profissionais, a vida conjugal e até as relações interpessoais. Sedento voraz, dia a dia, ele conquista mais adeptos em sua sanha de devastar (literalmente) a vida das pessoas – infelizmente, muitas nem percebem que ele aportou em suas existências.
Em uma carreira profissional, por exemplo, exige-se do sujeito de tudo um pouco, entre ter habilidades específicas na função até envolver-se, como verdadeiro “colaborador” (escusas, mas esse termo nunca me soou muito bem...), com as causas da empresa/entidade. Muito correto. Assim, se tiver descaso com o que faz, fatalmente será ou demitido ou substituído (o que será pior nessa equação??).
Bom, não sou conselheiro matrimonial (longe de mim isso), mas o descaso na vida conjugal provoca a inevitável “separação de corpos”. Penso (até) que seria possível evitá-lo, demonstrando real interesse pelo outro(a); preocupando-se com ele(a); fazendo o que agrada ao(à) outro(a) e, por aí vai, tantos “conselhos” que pessoas mais calejadas do que eu podem efetivamente fornecer... Definitivamente, aqui não é “minha praia”.
Por fim, o “maldito” descaso nos relacionamentos interpessoais. Aquela situação de você se preocupar em ser amigo e o outro só se aproveitar; ou sua presença ser útil, por algum motivo, para ele(a). Diria ainda que aqui estão presentes atitudes simples: nunca mandar uma mensagem para saber como está, nunca ligar despreocupadamente para ter notícias. Ah, esse aterrorizante descaso!
Boa noite!