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Diário da Pandemia – 469º dia de confinamento:

Junho 30, 2021

Mais um dia bastante movimentado – não tumultuado, que o significado é outro. Pela manhã, muitas atividades da escola – colocação dos diários de classe “em dia”, com presenças e ausências, conteúdos, planejamentos quinzenais e notas. Já à tarde, aproveitei (tendo em vista que a previsão é de Sol para os próximos dias) para lavar o carro. E, quase fim do dia, visitei o médico, a fim de esclarecer algumas dúvidas pontuais sobre um assunto premente. Por fim, um bom café com coxinha.

Não sou lá muito de escutar rádio: ouço, todas as segundas, o Bate-Papo Esportivo (do amigo Vilmar) e, ocasionalmente, um pouco da programação da Antena 1. Porém, há um quadro de um programa, do início das tardes, que me chama muito a atenção – ele é denominado “fala que eu te julgo”.

Pois é... Fala que eu te julgo é algo muito comum de acontecer. Geralmente, quando compartilhamos algo importante com alguém, não raro, somos julgados por aquilo que dissemos...

Na verdade, julgar é uma característica humana muito evidente. Parece que tudo, absolutamente tudo, é alvo do julgamento alheio. Seguido, muitas vezes, por uma recriminação, não bem-vinda.

A partir disso, penso que deveríamos ouvir mais e julgar menos. Quando o outro nos confidencia algo, na maioria das ocasiões, ele apenas quer aliviar a carga emocional daquilo que está sentindo. Se quiser um julgamento, sem dúvidas que pedirá.

Tentemos, então, julgar menos os outros; recriminá-los menos; aceitá-los mais. Parece que, assim, o outro se sentirá mais acolhido e propenso – aí sim – a ouvir nosso ponto de vista. Sei que é um exercício difícil, mas extremamente necessário no momento “pesado” em que vivemos, por conta de uma pandemia que não parece mais ter data para acabar.

Ainda é tempo de você pedir desculpas a quem julgou indevidamente...

Outra sugestão de leitura conveniente ao momento: “Crime e castigo” (Fiódor Dostoiévski). No enredo, Raskólnikov – um jovem estudante, pobre e desesperado – anda sem rumo pelas ruas de São Petersburgo, até que comete um crime, o qual procurará justificar por uma interessante teoria: grandes homens (como Napoleão ou César) foram assassinos que a História absolveu.

Boa noite!

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