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Diário da Pandemia – 32º dia de confinamento:

Abril 19, 2020
Dia muito entediante hoje; chato mesmo, daqueles que passam muito lento pela ampulheta. Coronavírus sabe como tornar a vida humana cada vez mais monótona, sem novidades e desgastante.
 
Assim, uma das coisas que nos resta é relembrar de tempos memoráveis de outrora, quando a vida (e o rio) seguia seu curso natural. Tempos mais longínquos ou mais próximos geralmente trazem boas lembranças para quem os tem.
 
No “meu tempo”, éramos alfabetizados apenas aos sete anos. Não havia essa “estória” de educação infantil. Mesmo entrando “mais tardiamente” na escola, geralmente tínhamos sucesso em ser alfabetizados já no primeiro ano. Seriam os professores diferentes naquela época? Ou os alunos? Ou, ainda, ambos?
 
Portanto, fui alfabetizado com o “Barquinho amarelo” (Ieda Dias da Silva). Era uma história muito simples e ingênua de um menino que corria atrás de seu barco de papel pelas ruas, acho que durante uma chuva.
 
Chuva também traz lembranças boas. Um dos dois era contra, mãe ou pai, mas o outro permitia que nós brincássemos na chuvarada. E o divertido era se sujar muito, mesmo havendo muita água para nos limpar. Não lembro de alguém alertar que podíamos pegar uma pneumonia ou algo do gênero. Parecíamos mais fortes e felizes que as gerações seguintes e as atuais.
Pois bem, em uma determinada noite, não sei por qual motivação inicial, pegou fogo em um conjunto de lojas próximo de casa. Foi um incêndio de grandes proporções. Como não havia bombeiro em São Miguel (o mais próximo ficava em Chapecó), rapidamente o fogo se alastrou e consumiu tudo em chamas. Lembro que meu pai e meus manos mais velhos tentaram arrombar uma porta para conter o fogo. Em vão.
 
No dia seguinte, durante o rescaldo, lá estávamos nós, jogando futebol no porão do lugar! Se algum pai reprovou nossa brincadeira, não lembro. Foi muito divertido e diferente.
Por fim, também recordo com saudade das reuniões de amigos à noite, geralmente para brincar de esconde-esconde. Diferentes idades, todos juntos, sem distinção de raça, cor ou credo. Não havia desrespeito; só muita amizade genuína.
 
Isso é o que temos por hoje! Boa noite a todos!
 

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