O fim de semana transcorreu até que bem. No sábado à tarde, visitei amigos, reservando a noite para ficar tranquilo em casa – o tempo parecia pedir isso... Já no domingo, fui convidado, pelo amigo Tedesco, para degustar um bom churrasco, com seus familiares, em sua confortável casa. E, à noite, uma boa pizza abrilhantou o momento. Hoje, então e repentinamente, tudo descambou: uma forte crise de ansiedade – com muito suor, tremores, aceleramento dos batimentos cardíacos e tontura – conduziu-me, às pressas, ao médico. Assim, com nova (e forte) medicação, produzo o primeiro Diário desta semana. Tenham, portanto, paciência comigo, caros amigos!

A propósito, a ansiedade desenfreada acabou sendo o mote para o tema do Diário de hoje. Afinal, vocês conhecem um sujeito “cheio de nove horas”? Sim, vamos descobrir, juntos, como ele se caracteriza e se conhecemos alguém assim.

Basicamente, uma pessoa “cheia de nove horas” é muito meticulosa, cerimoniosa, apreciadora de regras e restrições, seguidora dos códigos sociais que, muitas vezes, apenas complicam o que seria simples. Estariam, meus diletos leitores, diante de algum sujeito assim? Hum, hum...

Sim, já fui “acusado”, por meu mano já falecido (infelizmente), em um passado bem passado, de ser um sujeito “cheio de nove horas”. E olha que eu era, na ocasião, apenas uma criança! Isso comprova que alguém dessa categoria não possui uma idade determinada.

Afirmo, por outro lado, que ser classificado assim, hoje em dia, não me constrange mais. Afinal, há certas características da personalidade que “teimam” em ficar conosco, sendo muito difícil (quase impossível, até) modificá-las. Claro que tudo em exagero acaba se tornando maléfico.

Talvez ser meticuloso seja um traço do professor – “celibato” que me persegue há muito tempo. Além disso, gosto das regras, das “coisas certinhas”, pois creio que elas conduzem, de certa forma, a harmonia social. E os códigos sociais, por seu turno, também modelam a chamada vida em sociedade.

Tudo bem, tudo bem! Novo compromisso meu com vocês: tornar-me menos “cheio de nove horas”, já que isso irrita, particularmente, alguns amigos mais chegados. Conseguirei? Só o tempo dirá...

Boa noite!