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Diário da Pandemia – 46º dia de confinamento:

Mai 03, 2020
Hoje, graças ao bom Deus e aos cuidados de médico e de enfermeiras (na hora da “precisão”, sabemos o quanto são importantes!), passei um dia muito tranquilo. Para completar, tive oportunidade de conversar, mesmo que por telefone ou outros meios, com pessoas muito queridas e que, infelizmente, moram distantes.
 
Uma delas é o Seu Adão, amigo novo, de pouco tempo (mas parece que nos conhecemos há décadas, de tanto que “flui” nosso bate-papo). Na altura de seus bem vividos 72 anos, perguntou como eu estava e como estava convivendo com essa loucura do Coronavírus.
 
Respondi que me cuidava ao máximo, inclusive trabalhando em casa, para minha segurança e de meus alunos. Aproveitei para, como faz todo “jovem” preocupado com os idosos, recomendar-lhe o máximo de cuidado com a sua segurança nesses “tempos difíceis”: evitar sair de casa, não ter contato com pessoas de risco, abusar no uso de álcool em gel e por aí vai... Depois de uns bons 30 minutos, despedimo-nos, prometendo nos rever quando todo esse caos passar.
 
Outra pessoa de quem gosto muito e também tenho conversado, mesmo que menos, pelas ditas redes sociais, é minha querida tia Gentila, de “Casias”. Quando a visitamos (geralmente, vou pra lá com a mãe), ela se desdobra para nos tratar muito bem. Gosto muito de visitá-la também porque ela mora no interior, numa simpática propriedade rural. Já prometi que, brevemente, voltaremos a nos encontrar. O café da tia, aliás, é fantástico!
 
Por fim, minha também saudosa tia Maria, que sempre identifico como “do Paraguai” (por falar nisso, ela me cobra para escrever um Diário de uma viagem nossa até lá, ainda no meu tempo de criança). De bom papo e sempre de bem com a vida, a tia vai seguido visitar a mãe em São Miguel. Ambas “as três”, Antonietta, Gentila e Maria, são como mosqueteiras: muito unidas e sempre prontas a se ajudar.
 
Hoje, a sugestão literária (parte do Diário da qual muitos leitores estão gostando, o que é muito bom!) é para “Dom Casmurro” (Machado de Assis). Nesse romance, o genial escritor brasileiro conta a história de Bentinho e Capitu, que são criados juntos e se apaixonam na adolescência. Mas a mãe dele, por força de uma promessa, decide enviá-lo ao seminário, para que se torne padre. Lá, o garoto conhece Escobar, de quem fica amigo íntimo. Algum tempo depois, tanto um como outro deixam a vida eclesiástica e se casam.
 
Hoje, o Diário faz uma homenagem ao inverso: como é o Dia dos Netos, escrevi para homenagear os avós!
 
Em épocas de Pandemia do Coronavírus, novas paixões continuam aflorando!
 
Boa noite a todos!
 

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