Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 52º dia de confinamento:
Mai 09, 2020
Manhã preguiçosa, de friozinho acalentador para o sono! Havia me programado para corrigir atividades on-line dos meus alunos, mas a “boa” preguiça não deixou. Assim, dediquei-me a essas atividades só à tarde. O que parecia, a princípio, ser uma tarefa ingrata e muito chata, até que se revelou diferente – não que tenha sido algo totalmente agradável...
Pretendo, neste dia, falar um pouco dos “monstros” que nos perseguem. Todo mundo tem seus monstros internos, que se revelam nos momentos em que mais estamos frágeis ou desprotegidos. Esses monstros são diferentes de pessoa para pessoa; algumas, inclusive, demonstram ter um certo controle sobre eles – o que não é bem o meu caso.
O pior de todos os monstros é o chamado “medo”. Que “atire a primeira pedra” quem não tem medo de nada! Eu, por essência, tenho medo de muita coisa: de morrer dormindo (e isso me apavora muito!), de fazer contas altas, de ser assaltado, de terminar um relacionamento, de começar um novo relacionamento, de falar com certas pessoas (como pode outras pessoas nos colocarem medo só por existirem?) e a relação vai bem longe...
Com minha orientadora profissional (posso te chamar assim, doutora Vanessa?), tenho aprendido a enfrentar meus medos e superá-los, mas considero que isso não é uma tarefa nada fácil. Volta e meia, parecendo derrotados, eles ressurgem com força total e me golpeiam pelas costas. Sim, o medo nos ataca pelas costas, geralmente quando estamos muito desprevenidos.
O que tenho aprendido é que o mais importante (além de enfrentá-los, é claro) é assumir que eles existem. Isso é um passo para a vitória. Penso, ainda, que os medos são uma espécie de “combustível” para que enfrentemos a realidade da melhor forma possível. E você, como enfrenta seus medos?
Hoje, uma sugestão literária “supimpa”: “Cacau” (Jorge Amado). Nesse romance, o autor conta a história pelos olhos de José Cordeiro, um trabalhador das roças de cacau da Fazenda Fraternidade. O narrador conta a história algum tempo depois de ter vivido os eventos narrados, de modo que as reminiscências dos acontecimentos sejam acrescidas das observações “futuras”, o que procura mostrar a situação dos trabalhadores das lavouras de cacau a partir de suas próprias experiências.
Boa noite a todos!