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Diário da Pandemia – 948º, 949º e 950º dias:

Outubro 24, 2022

Posso definir, absolutamente, como bem movimentado o último fim de semana! No sábado, eu e a Marina empreendemos viagem a São Miguel do Oeste. Nesse mesmo dia, encontrei o amigo Elton e, além de colocarmos os assuntos em dia, jogamos cinco partidas de sinuca – todas “brilhantemente” vencidas por mim, já que ele não estava em um bom dia... Já no domingo, eu e a mãe almoçamos num restaurante, enquanto a Marina pescava com seus padrinhos Angela e Ednei. Hoje, por fim, retornamos para nossas casas, extenuados pelos “agitos” do “finde”!

Cada vez que retorno a São Miguel, novas e boas recordações de minha infância ressurgem. Dessa feita, relembrei dos bons momentos passados com minha avó paterna, Elvira Ercília Bertoletti Longhi (in memoriam). Então, o Diário de hoje, saudosamente, apresenta: “lembranças da vó Elvira”!

Inicialmente, cumpre dizer que a vó Elvira era muito querida na comunidade. Sendo uma das pioneiras na antiga Vila Oeste (ela veio um tempo depois que o vô Angelo havia desbravado aquelas inóspitas terras), não havia quem não a conhecesse. De fala sempre cordial, ela fazia amizades com muita facilidade.

Naquele tempo, morávamos todos na mesma casa (uma das poucas primeiras residências ainda “de pé” em São Miguel): ela e o vô no andar superior; a mãe, o pai, eu e meus quatro irmãos no andar inferior.

Apesar de já ter passado muito tempo de seu falecimento (eu tinha apenas oito anos de idade), lembro muito bem dela e do quanto aprendi convivendo com a vó. Inclusive, das muitas “aventuras” que vivíamos juntos, já que eu era muito apegado tanto a ela quanto ao vô.

Meu gosto pelas artes circenses surgiu graças à vó Elvira. Era só um novo circo aportar na cidade que logo ela me convidada para irmos assistir ao espetáculo. É claro que eu passava uma certa vergonha antes, pois a vó, com sua incrível lábia, costumava pedir ingressos de graça para nós dois... E sempre conseguia! Além disso, muito espirituosa e brincalhona, ela costumava dizer que “meus parentes são meus dentes!”, ao que todos ríamos muito.

Recordo que, no dia de seu passamento (ela faleceu dormindo, como um anjo), eu chorei muito. Agora, então, só me resta dizer: “Vó Elvira, obrigado por tudo! E até um dia desses!”.

Boa noite!

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