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Diário da Pandemia – 1.042º e 1.043º dias:

Janeiro 25, 2023

Sim, entre ontem e hoje, continuando minhas reflexões em descanso, concluí que, mais cedo ou mais tarde, preciso tratar de um tema premente. Ainda mais considerando que estou sentindo ele na “pele”, literalmente, desde o último sábado... Calma! Não é algo tão grave assim – apenas pretenderei debater um pouco sobre este astro maravilhoso que costuma abrilhantar cada novo recomeçar de um dia: o indispensável Sol. Aliás, nos últimos oito anos (pelo menos), ele não se fazia tão presente na hora certa como o está fazendo no momento. Gratidão, por mais isso, Senhor!

Oh férias, que não deixam minha mente desanuviar! Parece “praga” de alguém – no bom sentido, é claro. Então, seguindo o percurso, cheguei a um desenlace no mínimo interessante: “cada um tem seus demônios particulares...”. Vamos ver se vocês concordam com meu(s) ponto(s) de vista.

Em primeiro lugar, cumpre esclarecer que os demônios em questão não são aqueles que povoam o imaginário popular: um ser maléfico, todo vermelho, com chifres e rabo, governador de um lugar terrível, denominado Inferno. Os demônios em análise são outros, não necessariamente menos malignos...

Com bastante frequência, encontro mendigos pelas ruas. Geralmente, eles constituem “figuras clássicas”: estão sujos, mal vestidos, malcheirosos e muito desorientados mentalmente. E, o pior, eles possuem demônios particulares poderosos, representados pela rejeição social, pela desnutrição, pela falta de um lar e (talvez o pior de todos) pela ausência de perspectiva – fico aqui em poucos demônios, pois há, certamente, muitos outros que os assombram frequentemente.

Agora, mudando “da água para o vinho”, falemos do sujeito “vencedor”: ele possui um emprego que remunera muito bem, uma casa ampla e confortável, uma bela e amorosa mulher e filhos adoráveis e educados. Então, é imune aos demônios particulares? Absolutamente não, pois pode ser portador de uma doença terrível, sofrer crises de ansiedade e depressão, ser alcoólatra ou fumante inveterado, ter dificuldades de relacionamento com seus parentes, e por aí vai...

Enfim, todo ser humano (absolutamente todo!) possui seus demônios particulares, com os quais, além de conviver, precisa “tentar” vencer, em difíceis batalhas! Por falar nisso, você tem consciência de quais são seus demônios particulares?

Boa noite!

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