Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 1.165º, 1.166º e 1.167º dias:
Depois de algum tempo, aproveitei bem o fim de semana. Já no sábado pela manhã, parti com destino a São Miguel do Oeste, para visitar a mãe. À tarde desse mesmo dia, beberiquei “algumas”, na boa companhia de amigos, mescladas por umas boas partidas de sinuca. Já no domingo, “parei” quieto em casa, para, à noite, apreciar uma boa pizza. Hoje, por fim, no retorno para casa, duas cansativas horas de trânsito – a cada dia que passa, a BR 282 fica cada vez mais intransitável...
No primeiro Diário da última semana de maio, quero tratar de um tema similar (mas não igual!) ao da sexta-feira passada. Assim, não custa perguntar, já que denota preocupação com o outro: “você está bem hoje?”.
Esse questionamento me foi feito na metade da semana passada, quando, em crise de ansiedade, fui às pressas ao médico – o sempre competente Dr. Luiz Afonso, meu clínico há uns 25 anos – e, na sequência, à farmácia. Lá, a atendente, muito atenciosa, percebeu que meu estado não era dos melhores...
Esbanjando cortesia, após me fornecer o medicamento prescrito pelo médico, desejou-me, também, boa recuperação. Algo que, sinto, precisamos muito no momento presente...
Os céleres tempos atuais (sempre eles!) fazem-nos voltarmo-nos cada vez mais para nosso “umbigo”, relegando os outros a terceiro ou quarto planos. Natural, a tecnologia é uma das culpadas por isso – percebem que, “graças” a ela, estão rareando os encontros presenciais entre amigos, como o de que participei sábado?
Diante disso, precisamos “reviver” a clássica pergunta: “você está bem hoje?”. Mas de uma forma sincera, e não perguntar por perguntar. Certamente, não serão muito os que estarão bem – a maioria fingindo um estado de espírito que não condiz com sua realidade. Mas por que devo esconder se realmente não estou bem?
Talvez por dois motivos: não querer que o outro “avance” em minha intimidade ou, o pior, que ele “interprete” meu mal-estar como “frescura”... Nesse ponto, já ouvi de alguns próximos que nunca deveria escrever no Diário que estou mal – deveria, antes, “fingir” estar sempre bem. Houve até quem me dissesse, por exemplo, que não gostava de ler “lamúrias” alheias...
Confesso que fiquei triste ao ouvir isso, pois a preocupação verdadeira com o outro deve fazer parte da essência humana. E, se a perdermos, o que nos sobrará???
Boa noite!