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Vamos parar de abdicar? (crônica)

Abril 11, 2021

Diante do contexto caótico em que estamos vivendo, que já dura mais de um ano, fica evidente que ainda há muito para refletirmos. No entanto, precisamos de tempo e espaço para essa prática filosófica. Concorda? Quando aludimos à palavra “tempo”, automaticamente, a nossa consciência rememora algumas abdicações, sejam elas de curto ou de longo prazo. Nessa perspectiva, convido para refletirmos, juntos, sobre o ato de abdicar.

Preliminarmente, trago a definição dessa palavra, etimologicamente originada do latim “abdicare”, que significa “desistir por si próprio”; “renunciar seguindo sua própria vontade”; “deixar de possuir, de participar ou de usufruir de alguma coisa por vontade própria”. Em face disso, vejo que deixamos muitos projetos “engavetados”, seja na vida profissional, seja na pessoal, familiar ou até mesmo ao adquirir hábitos alimentares mais saudáveis, conciliando-os com a prática de exercícios físicos.

A abdicação, assim, pode estar correlacionada às nossas inseguranças, frustrações, pensamentos obscuros que permanecem no nosso consciente, ou, talvez, o simples fato de dar o primeiro passo, promover uma ação, sair do ponto estático. E nesse momento pandêmico, de imprecisões, precisamos sair desse ponto estático e, gradualmente, retomar os projetos que foram “engavetados”.

Pelo infortúnio da vida, este momento de aflição remete-nos ao apoderar-se das nossas metas, da capacidade de (re)criar. E isso só depende da determinação, de engajar-se, de estar ciente das falhas, de buscar a sabedoria e admitir o desconhecimento. Enfim, saber lidar com as desilusões, e, o essencial, não fraquejar no percurso!

À vista disso, transcrevo as sábias palavras do ilustre filósofo, educador e escritor Mário Sergio Cortella, pelo qual tenho grande apreço: “Todo planejamento está relacionado a escolhas, escolhas de rotas, de trilhas ou de meios. Mas toda escolha é uma abdicação, toda vez que escolho algo, estou deixando de lado outras coisas. Para isso, precisamos de critérios, os quais surgirão a partir dos seus objetivos. Portanto, ao planejar, é preciso ser flexível. No entanto, o planejamento não pode ser visto como um encarceramento”.

Nesse prisma, para o desfecho desta reflexão, gostaria de indicar uma leitura prazerosa, a qual abordará, de forma relevante, a temática explorada: “A sorte segue a coragem! Oportunidades, competências e tempos de vida” (Mário Sergio Cortella).

Então, vamos parar de abdicar?

* texto de autoria de Angélica Regina Missiaggia, professora que reside em Xanxerê (SC)

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