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Diário da Pandemia – 83º dia de confinamento:

Junho 09, 2020
Dia de cortar o cabelo, depois de uns 45 dias com as “crinas” grandes. Também dia de academia e fisioterapia. Além disso, preparação de atividades para os alunos (pela manhã) e aulas on-line (à tarde). Enfim, dia com agenda bem tumultuada.
 
Ainda ontem, ao findar da noite, pensava sobre qual assunto tratar hoje no Diário. De repente, vi uma postagem no Facebook que trazia uns 15 diferentes modelos de celular (todos antigos) e uma pergunta: “qual foi seu primeiro celular?”. E, nas atividades que preparei para uma das turmas hoje, havia uma espécie de jogo enigmático: o desenho de um velho celular e nele escrito “celular: cela ou lar”?
 
Bem, a partir disso, o tema “brotou” naturalmente. Inicialmente, pensei em “dividir” a vida humana na Terra em duas “eras”: antes e depois do dito celular.
 
Antes do celular, havia uma comunicação mais “verdadeira”, o dito “olho no olho”. As pessoas pareciam viver em um mundo mais devagar, no qual nossas atividades eram regidas por um tempo diferente. Caso quiséssemos falar com alguém distante, ou escrevíamos uma carta (falo da “era” pré-e-mail) ou (os mais afortunados) fazíamos uma ligação de um telefone convencional para a pessoa. Enfim, nada parecia ser apressado, “para ontem” (como se brinca) ou, a cada cinco minutos, precisássemos olhar para um aparelho a fim de ver se não “caiu” uma nova mensagem ou uma atualização de alguma rede social. Tempos “pré-históricos”...
 
Depois do celular, a comunicação parece ter perdido sua essência: não raro, um casal e seu(ua) filho(a) estão muito próximos e muito distantes, pois cada um está manuseando seu aparelho. Mais: encontramo-nos com os amigos e de repente, sem perceber, a conversa “para” no tempo, pois cada um pegou seu celular para ver alguma coisa. Bom, não quero entrar no “terreno” dos vícios, pois, bem sei, esse artefato é muito viciante! Também não pretendo entrar no mérito das reuniões de trabalho, em que, furtivamente ou não, sempre tem o sujeito mais ligado no celular do que no que está sendo tratado (nisso, consigo me “policiar”).
 
Vamos à verdade cruel? Acho que, infelizmente (essa é a palavra certa), não “vivemos mais” sem essa tecnologia, mas era preciso que nos afastássemos um pouco dela para viver a “verdadeira vida”. Como já dizia uma famosa propaganda de uma empresa de tecnologia: “desconecte-se para se conectar”. Pensemos sobre isso!
 
Boa noite a todos!
 

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