Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 84º dia de confinamento:
Junho 10, 2020
A chuva é muito bem-vinda, mas, quando em exagero, não é nada bom. Com o temporal de hoje, várias ruas da cidade ficaram submersas. Até passou na TV, como me contou minha mana.
Pois bem, hoje foi dia também de atender aos alunos e planejar atividades. Daqui a pouco, com mais uma turma, terei videoaula.
Vou contar uma passagem da minha vida que me marcou muito, pois é relativa ao meu primeiro registro em carteira de trabalho.
Quando eu tinha 15 anos, a mãe conversou com a irmã superior do Colégio São José (onde eu estudava no 1º ano do Magistério). Motivo: que a freira indicasse meu nome para a seleção de Menor Auxiliar do Banco do Brasil (Masg), o popular azulzinho da época – por causa do uniforme, que era dessa cor.
Uns meses depois, eu e mais 11 garotos (todos de famílias de origem humilde) fomos convocados para uma prova e uma entrevista, todos concorrendo pelo mesmo cargo. Ao final, quatro seriam aprovados.
Fui bem na seleção e, logo, fui chamado para compor o quadro de menores aprendizes do BB. As tarefas eram as mais diversificadas possíveis, mas todas sem muita complexidade.
Lembro com saudade de duas passagens desse tempo. A primeira, num dos dias iniciais de trabalho, passaram-me uma incumbência muito importante: contar os “furos” de uma fita de telex, separando os pequenos dos maiores. Era uma brincadeira de iniciação, mas eu fiz a tarefa com muito zelo. No final, quando me contaram, todos riram muito, e eu fiquei com cara de bobo...
A segunda, quando chegava nova mensagem de telex (e vinham umas 20 a 30 por dia), eu tinha de coletar as assinaturas do gerente e do subgerente, que trabalhavam no segundo andar. Assim, quando chegava o telex, a Fátima (colega concursada), já gritava: “Longhi, telex!” – era a senha para eu buscar a mensagem e colher as assinaturas.
Ao final, trabalhei no BB em dois períodos: como Masg (dos 16 aos 17 anos e 10 meses) e depois, como concursado, por mais 15 anos. Foram bons tempos aqueles, em que consegui conquistar uma certa independência financeira.
Boa noite a todos!