Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 87º dia de confinamento:
Junho 13, 2020
Mais um sábado preguiçoso... O tempo convidava para a reclusão, seja ela voluntária, seja involuntária. Aliás, se houvesse uma meta para dormir hoje, possivelmente eu a bateria com muita facilidade. E, de tão afastado que estou das notícias televisivas, não posso nem mais dizer a “quantas anda o tal do Covid”.
Satisfação é a palavra que reflete o que sinto com o Diário em suas mais de 80 edições. Iniciando, timidamente, no quinto dia da famosa “quarentena”, ele “cresceu” e hoje está um “moço viçoso”, com muita estrada pela frente. Se acabar a pandemia, ele termina? Talvez sim, talvez não; vejamos quando (e se) isso ocorrer. Recordo que começamos com um pequeno número de leitores diários (em torno de 50) e, agora, alcançamos quase o dobro. Então, isso é sinal de que há muito caminho a seguir...
Sou do Sul, nascido em São Miguel do Oeste, sendo que meus pais também são originários da região, vindos de Caxias do Sul (RS). Então, é quase natural que tenhamos desenvolvido vários costumes chamados de “gaúchos”.
Entre eles, além do tradicional churrasco (que costumava preparar até há pouco tempo, todos os domingos), gosto muito do chimarrão. Essa bebida parece aproximar as pessoas e criar um vínculo entre elas.
Por contingências da vida, não sorvo um “mate amargo” todos os dias, mas bem que gostaria. Acho que, também, o chimarrão funciona como uma espécie de confidente nosso, pois, ao saboreá-lo, acabamos colocando nossa vida em aberto. Quantos segredos já não foram contados em uma roda de chimarrão?
O que não vejo graça nenhuma é tomar chimarrão “solito”, sem ninguém para acompanhar. Ele pede, necessariamente, pelo menos uma dupla para se fazer presente. Para os leitores distantes, de outras regiões do país, esclareço que essa bebida funciona basicamente com erva-mate, colocada em uma cuia (porongo) e adicionada de água quente (não fervida). Para quem nunca experimentou, vale a pena conhecer um típico costume gaúcho.
A sugestão literária vai para “O ateneu” (Raul Pompeia). Publicado pela primeira vez em 1888 e com linguagem rebuscada, o livro conta a história de Sérgio e sua vivência dentro de um colégio interno. O modo como o autor descreve as relações afetivas do personagem principal com seus colegas foi revolucionário para a época.
Boa noite a todos!