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Diário da Pandemia – 119º dia de confinamento:

Julho 15, 2020
Quarta-feira... Pensando bem, mais um dia (além do domingo) que estou começando a detestar. Talvez pelo acúmulo de trabalho home-office que este dia proporciona; talvez pelo meu enfastio mesmo. Como de costume, aulas pela manhã, tarde e noite: pouca participação dos alunos, o que desmotiva ainda mais as ditas videoaulas... Mas vamos lá.
 
Então, hoje é meu dia! Sim, Dia do Homem, como aponta o calendário. Na verdade, sou avesso a qualquer data comemorativa, e explico o porquê: ao invés de comemorarmos um dia contra a discriminação racial, por exemplo, por que não agirmos certo, não sendo, efetivamente, discriminadores?
 
Mas já que a data é nossa, amigos do sexo masculino, vamos usufruí-la. Penso, nesse sentido, que o ser humano praticamente criou uma data para tudo. Claro que algumas, como Dia das Mães e Dia dos Pais, parecem-me mais adequadas do que Natal e Páscoa – essas últimas muito focadas em comércio, ultimamente.
 
A partir do “brinde”, quero, então, sugerir uma boa reflexão. Para fazê-la, basta fechar os olhos por alguns minutos (sem pegar no sono, é claro!) e pensar sobre nossas atitudes neste lar chamado Terra. Será que estamos sendo bons homens (mulheres também podem refletir sobre isso) para o nosso planeta?
 
Um dia, alguém (não sei se filósofo ou pesquisador de alguma área) disse que o único erro de Deus foi ter colocado o homem na Terra, como “protetor” das demais espécies. A partir desse dia, achamos que mandamos e desmandamos no mundo todo.
 
Apesar de todas as mensagens de boas-novas que nos fazem acreditar em um mundo melhor pós-pandemia (quando mesmo é que termina essa chatice?), vejo que ainda estamos longe de ser uma raça realmente preocupada com um destino melhor para seu futuro. Por que digo isso? Em qualquer lugar onde haja uma “pestilência”, o “dedo humano” está presente...
 
Bom, já falei (em outros Diários) que ainda confio na espécie humana. Mesmo que estejamos ainda trilhando uma espécie de “mau caminho”, nutro a esperança de que, mais cedo ou mais tarde, possamos encontrar uma trilha que nos conduza – homens e mulheres, crianças e jovens, adultos e idosos – a sermos melhores uns com os outros. Esse dia ainda chegará, tenho fé...
 
Boa noite!
 

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