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Diário da Pandemia – 125º dia de confinamento:

Julho 21, 2020
Temperatura agradável o dia inteiro, mais parecendo um daqueles dias de Primavera. Depois de planejar atividades para os alunos (pela manhã) e ministrar aulas on-line (início da tarde), cumpri meu “ritual” de academia e fisioterapia. Incrível como, quando estamos muito ocupados, sempre conseguimos fazer algo a mais: assim, entre ontem e hoje, li (sem mentira!) 303 páginas do “Saco de ossos”, livro ao qual fiz referência ontem.
 
Então, hoje recordei do segundo maior projeto de minha vida – em termos de dedicação, tempo e investimento. E esse é o tema de hoje do Diário.
 
Em 2006, resolvemos (eu e a ex-esposa) ter nossa casa própria. Na época, residíamos em meu atual apartamento de Xanxerê. Ela, por trabalhar em Xaxim, deslocava-se de carro até lá pela manhã, voltando para cá ao fim da tarde. Era muito desgastante, por causa dos perigos da rodovia.
 
Conversamos, assim, com um engenheiro-construtor e fechamos, em janeiro daquele ano, o projeto da casa. Aliás, modéstia à parte, era uma residência excelente, tanto em espaço quanto em conforto.
 
A obra começou em fevereiro. E me incomodou por demais, além da conta... Ora era desacerto entre os trabalhadores (acho que mais de uma dezena trabalharam nela), ora eram modificações não previstas (o que envolvia novos custos), entre outras “chateações”. Porém, ao cabo de tudo e longos dez meses depois (acima do prazo contratado, previsto originalmente para seis meses), fizemos a mudança.
 
Morei lá por bons nove anos, de 2006 a 2015 (por ocasião da separação conjugal, acordei sair da casa). Esse período, contudo, foi muito bom. Na verdade, sempre gostei de morar “no chão”, em contato direto com a terra. E nela havia muitas coisas legais: 180 metros de área construída, espaçosa garagem (para dois carros), área de festas, suíte (com hidromassagem), ampla área verde (com algumas áreas plantadas) e até uma casinha de árvore para a Marina.
 
Hoje, minha ex-casa é muito bem cuidada pelo proprietário atual (a ex negociou a venda), o que é muito bom. Com frequência, passo na rua em frente e fico orgulhoso do empreendimento, que me custou muito suor – lembrando o quanto trabalhei além das horas normais para pagá-la. Agora, restam boas lembranças de um passado que foi e não volta mais.
 
Boa noite!
 

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