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Diário da Pandemia – 127º dia de confinamento:

Julho 23, 2020
O que dizer de um dia em que não fiz praticamente nada? Nada! Sim, só dormi em demasiado e li bastante (em torno de umas 50 páginas do “Saco de ossos”). Mesmo assim, as horas (que deveriam passar bem devagar) “voaram”. Amanhã, já tenho meus compromissos rotineiros das sextas; aí, o dia deverá ser diferente.
 
Pois bem, ontem, o futebol retornou em dois estados: Rio Grande do Sul (com o clássico Grenal) e São Paulo. Isso é alvissareiro? Acho que não, pois ainda não é possível público “real” nos estádios, o que é muito ruim para todos.
 
Então, hoje refleti sobre a “mudança de hábitos” que tivemos nos últimos quatro meses. Na verdade, tínhamos “um outro mundo” até meados de março. A partir daí, um novo cenário, de pandemia caótica, se instalou e nos forçou a mudarmos drasticamente nossa forma de viver.
 
Confesso que é muito estranho (mas agora totalmente normal) ver uma notícia como “polícia cessa encontro ‘ilegal’ de jovens” ou “vigilância sanitária suspende velório”. Estaremos em outro mundo e ninguém nos avisou?
 
Essa mudança de hábitos – proibido “aglomerações” (quantas pessoas, mesmo, constituem uma aglomeração?), usar máscara (a rigor, qual a efetiva comprovação científica de que ela nos protege? E quem tem problemas de respiração, aspirando gás carbônico direto, como fica?) e o uso constante de álcool em gel (medida que vejo como salutar, para nos esterilizar de qualquer “bicho nocivo” à saúde) – veio para ficar marcada na nossa história. Certamente, 2020 entra para os anais históricos como um ano ímpar, em tudo.
 
Na verdade, meu pequeno “discurso” soa mais como um desabafo... Nunca fui a favor da coação das liberdades individuais, mas parece que, em grande medida, um pouco disso está ocorrendo.
Por outro lado – importantíssimo também –, o vírus continua aí, “firme e forte” – infelizmente, em Xanxerê, foram registradas mais quatro vítimas fatais em 24 horas. Assim, obrigo-me a pensar que “toda precaução é pouca”, e a mudança de hábitos faz-se necessária e obrigatória. Tomara igualmente que, daqui algum tempo, a mesma história não registre que tudo fez parte de uma grande farsa, ao estilo “1984”. Torçamos para isso.
 
Boa noite!
 

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