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Diário da Pandemia – 138º dia de confinamento:

Agosto 03, 2020
Quando não estou bem fisicamente, o mesmo ocorre com meus aspectos psicológico/emocional. Mais ou menos foi assim hoje. Enfim, e apesar disso, passou a segunda e, amanhã, retorno às “lidas” de professor.
 
Entre as palavras que compõem meu léxico positivo está a “reciprocidade”. Antes de falarmos mais sobre ela, compreendamos seu significado: “qualidade ou caráter de recíproco; correspondência mútua”. Quero me deter, então, à chamada “correspondência mútua”. Assim, de uma forma bem simples, podemos dizer que se eu desejar um “bom dia” a alguém, receberei, como reciprocidade, outro “bom dia”.
 
Mas vamos aprofundar um pouco essa análise considerando ações maiores de nossa vivência. Se faço uma determinada boa ação, como auxiliar alguém em uma dificuldade sua, no mínimo, espero receber, em contrapartida, um “obrigado”, “um grato” (palavra que a Kali detesta!). Essa é a expectativa, concordam?
 
O que me incomoda na reciprocidade envolve as ditas redes sociais. Explico o porquê: com muita frequência, “puxo” assunto com amigos (por favor, só vista a carapuça se ela lhe cabe!), iniciando com a saudação relativa ao período do dia (“boa noite”, por exemplo), geralmente seguida da pergunta: “como você está?”. E nesse momento estou sendo sinceramente verdadeiro.
 
O que acontece é que, não raras vezes, meu(minha) amigo(a) me deixa no “limbo”, não respondendo logo. Seria sua obrigação a resposta imediata? Talvez sim, talvez não. Ora, também com muita frequência, passam os minutos, as horas, os dias e (exagerando um pouco) as semanas, para que a pessoa me responda, em geral laconicamente (“bom dia” e só). Desdém, falta de tempo?
 
Sim, sei muito bem que vivemos atarefados, sempre “correndo atrás da máquina”, com “mil” tarefas a realizar, mas será que custa muito responder logo, ou um pouco depois, já que a rede social sinaliza o recebimento da mensagem? Então, nessas situações, costumo ser irônico, respondendo com um “tranquilo. Entendo”.
 
Enfim, quero propor que, neste tempo de pandemia, dediquemo-nos um pouco mais a “ouvir e responder ao outro quando ele nos chama”. Certamente, faremos o dia dele mais feliz e reconheceremos a verdadeira importância que temos para ele. Reflitamos sobre isso!
 
Boa noite!
 

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