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Diário da Pandemia – 143º dia de confinamento:

Agosto 08, 2020
Sabadou e, com ele, um fim de semana que promete muito Sol. Precisei ir ao mercado, infelizmente hoje. Digo isso porque estava “apinhado” de gente, sem controle algum da quantidade de pessoas em seu interior... Depois, questiona-se o porquê de o vírus continuar se alastrando freneticamente.
 
Após o mercado, fui tomar um café e comer um pastel na padaria do Geder. Finalizado o lanche, dirigi-me ao caixa e lá surgiu o tema de hoje, após ver numa gôndola uma revista de um herói meu da infância: Tex Willer.
 
Na minha feliz infância (não tenho mesmo nada a reclamar dela) em São Miguel do Oeste, eu era fã do Homem-Aranha. Lembro que, todo mês, ganhava um dinheirinho da mãe para comprar a revista com as aventuras do herói aracnídeo. Era um momento mágico pra mim, ler a revista (toda colorida e com acabamento impecável para a época) e imaginar-me como o super-herói, combatendo bandidos na cidade de New York.
 
Muito legal também era quando meu mano Luiz Henrique (nove anos mais velho do que eu) viajava para algum curso do trabalho e sempre se lembrava de mim. Quando voltava para casa, me entregava uma ou duas revistas em quadrinhos.
 
Não sei que fim levou as minhas coleções do Homem-Aranha e do Tex. Deveria ter guardado para passar à Marina ou, até, hoje rever com um certo saudosismo. Na verdade, muitas das coisas que eu tinha quando criança acabaram desaparecendo. Uma pena!
 
Acredito que todo tipo de leitura é importante, porém, naquela época, era praticamente um crime se fôssemos pegos, na escola, com revistas em quadrinhos junto ao parco material escolar.
 
Absurdos daqueles tempos. Lembro que mais tarde, numa certa feita, até participei de uma banca de conclusão de curso na qual o autor defendia, com muita propriedade, o uso de revistas em quadrinhos em sala de aula.
 
Então, leiamos mais histórias em quadrinhos!
 
Vamos para uma boa leitura de sábado. Hoje, sugiro “O lobo da estepe” (Hermann Hesse). O livro conta a história de Harry Haller, um outsider e misantropo de 50 anos, alcoólatra e intelectualizado. Angustiado, não vê saída para sua tormentosa condição, autodenominando-se “lobo da estepe”.
 
Boa noite! Bom domingo!
 

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