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Diário da Pandemia – 150º dia de confinamento:

Agosto 15, 2020
Com o dia de hoje, agosto chegou a sua metade, sem boas novidades envolvendo o Coronavírus. A imprensa noticia continuamente sobre uma vacina, mas, de prático, nada até agora. Almocei fora e, à tarde, passei-a toda no “dolce far niente” italiano, rolando na cama e navegando pelo celular. Daqui a pouco, tem mais um jogo do Fla pelo Brasileirão – aposto, infelizmente, em nova derrota de meu time do coração.
 
Então, hoje, completamos oficialmente cinco meses de confinamento social. Contudo, não há motivo algum para comemorarmos absolutamente nada. Afinal – acredito ser unânime –, todo mundo perdeu algo com o dito confinamento.
 
Lembro que, no início de março, com o início das aulas para o período letivo de 2020, havia muita confiança no ar. Estávamos todos muito tranquilos que este ano seria bastante legal e de muitas realizações. Na minha escola, via os professores motivados, nem pensando que, logo, uma nuvem muito negra pairaria, por tempo indeterminado, sobre nossas frágeis cabeças.
 
Assim, da noite para o dia, tudo mudou. Primeiro, com a suspensão das aulas (a princípio por 15 dias, depois sendo prorrogado esse prazo muitas outras vezes), obrigando muita gente (alunos e professores) à reclusão involuntária. Com isso, a última dezena de março foi bastante tensa, com quase todos os estabelecimentos comerciais fechados e inúmeras dúvidas surgindo sobre o futuro, não só do Brasil, mas da humanidade inteira.
 
De abril a junho, os cuidados intensificaram, com os decretos exigindo distanciamento social, uso de máscaras e limpeza compulsória das mãos com o agradável (sim, passei a gostar dele) álcool em gel.
 
O mês de julho, a meu ver, foi o mais tenso. Quando parecia que as coisas iam devagar regredir e tudo voltar ao normal, o vírus atacou mais implacavelmente, ceifando dezenas de vidas em nossa região. Isso fez com que as medidas de isolamento fossem endurecidas, quase chegando ao lockdown dos dias iniciais.
 
Esse foi um breve resumo de 150 dias inigualáveis para quem nasceu nos últimos cem anos. Não quero ser “profeta do mau agouro”, entretanto, acho que tudo está longe de terminar. A quem me pergunta, digo que o vírus vai incomodar, pelo menos, até dezembro. Nessa incerteza, resta-nos rezar/orar para que o Ser Supremo tenha piedade de nós...
 
Boa noite! Bom domingo!
 

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