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Diário da Pandemia – 162º dia de confinamento:

Agosto 27, 2020
Dia chato “pra caramba”, por conta de uma dor de cabeça fraca, mas constante, no lado esquerdo do crânio. Muitos remédios tomados e nenhum efeito para aplacar a dor... Assim, obrigo-me a repousar logo após finalizar o Diário, para tentar esquecer o mal-estar. Espero que amanhã seja um novo dia, sem incômodos de dores.
 
Final de tarde, recebemos a triste notícia da localização do corpo, sem vida, do João Ricardo Arno. Ele havia desaparecido ontem, tendo sido cruelmente assassinado. Conhecia-o só de vista, mas parecia ser um bom sujeito. Que Deus o tenha!
 
Nos poucos lapsos sem dor, matutei sobre um tema que sempre me causou admiração, pela beleza de sua criação e existência. Sim, estou falando da nossa bela natureza, capricho sem igual da obra divina espalhado por todo nosso país.
 
Pelas minhas várias andanças na vida, tive oportunidade de conhecer as vegetações dos três estados sulinos – PR, SC e RS. Sem dúvidas, a natureza, através das matas principalmente, ainda é bastante presente em nossa região.
 
Pena que, em sua sanha de desenvolvimento, o ser humano acabe destruindo a natureza. No lugar de árvores, acabam sendo “fincados” arranha-céus; no lugar de rios, canalizações; em banhados, são feitos aterros para novas construções, e assim por diante. Será que Deus está contente com o destino “natural” que o homem dá à sua criação?
 
Como contei em diários anteriores, quando jovem, íamos para jogos no interior contemplando a natureza em suas múltiplas formas, transitando, na boleia de um caminhão, por estradas de terra. Hoje, nos mesmos caminhos, há asfalto. Claro, o chamado “progresso” é necessário para que as pessoas também tenham uma melhor condição de vida. Porém, acho que, muitas vezes, pagamos um “preço alto” para termos certas comodidades.
 
Então, a expectativa é não nos tornarmos tão suficientemente “progressistas” a ponto de abolirmos totalmente a natureza de nossa convivência. Sem dúvida, é muito bom morar no conforto de um apartamento, mas sinto muita falta do “tempo de casa”, quando havia grama, muitas árvores e terra para mexer. Nesse aspecto, felizes dos amigos Adriano e Vilmar, que têm suas chácaras para desfrutar do contato com a natureza em seus momentos vagos!
 
Boa noite!

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