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Diário da Pandemia – 165º dia de confinamento:

Agosto 30, 2020
Repetindo o início do Diário de ontem, mais um domingo. Dia de muita preguiça, dormir até (bem) mais tarde, curtir um futebol sofrível na TV (Santos 0 x 1 Fla) e, por fim, redigir mais um Diário, para o “regalo” de meus quase 100 fiéis leitores diários. Havia me programado para corrigir trabalhos de alunos, mas a preguiça não permitiu – menos mal que há quase 45 dias até o retorno “estimado” das aulas presenciais. Tenho uma leve desconfiança que nosso secretário de Educação vai inventar “mais uma” tarefa para os professores fazerem no mês de setembro. Tomara que eu esteja “redondamente” enganado!
 
Definitivamente, estou ficando “velho”... Nos últimos tempos (na verdade, de uns 10 anos para cá), muitas coisas causam-me certo aborrecimento: umas mais, outras um pouco menos. Sintomas da idade avançada, diria minha mãe e amigos mais chegados.
 
A verdade é que, cada vez mais, tenho buscado o “silêncio”. Adivinhem? Isso mesmo, nosso tema de hoje. Para alguns, ele é a ausência de barulho/ruídos; para outros, um estado de paz do espírito. Prefiro essa segunda acepção.
 
Aquela agitação, autêntica balbúrdia desconexa, causada pelo trânsito, músicas muito altas, pessoas gritando, incomoda-me em demasia. Até o burburinho (um dia salutar) de uma praça de alimentação de shopping gera desconforto. Procuro, assim, afastar-me do barulho chato, intragável, e recolher-me ao silêncio pacificador.
 
Sendo professor, convivia (até a pandemia aportar no mundo) “pacificamente” com o barulho natural gerado pelas crianças e jovens na escola – como ir contra o “andar” natural do mundo?
Em casa, porém, encontro a verdadeira paz. Aqui, nada é barulhento, tudo “transpira” um cúmplice silêncio: não há som alto, a TV funciona em ruído suportável e até o hamster parece entender que o dono do hábitat prefere o sossego dos sons baixos. Nos raros momentos em que escuto música de rádio pelo note ou celular (Antena 1 ou o Bate-Papo Esportivo), o som está na “altura” suficiente para que eu ouça bem. Nunca, absolutamente nunca, algum vizinho precisou pedir que eu baixasse o “volume da casa”. Penso que o silêncio, muitas vezes, representa uma certa dose de boa educação.
 
Acho que está na hora de ir morar em um sítio no interior...
 
Boa noite e boa segunda para quem estará na lida profissional!
 

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