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Diário da Pandemia – 169º dia de confinamento:

Setembro 03, 2020
Dia totalmente dedicado ao repouso, por conta do crítico problema no ombro direito. Até o celular, que costumava usar com profusão, deixei de lado – computador, então, nem pensar. Assim, restou-me assistir a um pouco de TV, ficar mais tempo na cama e olhar a paisagem pela janela da sacada – incrível que, mesmo com a pandemia em alta atividade, há um mundo “insistindo” para ser livre lá fora. E menos mal que a depressão de ontem deu uma aliviada hoje.
 
Acho que nunca contei isso, mas quem me conhece muito bem vai concordar: tenho “mania de limpeza”. Sim, sou até exagerado nisso, às vezes até catando “fiapos” pelo chão – meu pai era bem assim; então devo ter puxado a ele...
 
Qualquer tipo de sujeira me causa desconforto, seja do carro, seja da casa, seja das roupas ou até do próprio corpo. Assim, o uso constante do álcool gel não me incomodou; ao contrário, defendo sua continuidade pós-pandemia.
 
Essa mania de limpeza tem seus inconvenientes e convenientes. Entre os primeiros, posso passar a imagem de chato, exagerado, ou outros adjetivos menos qualificadores. Entre os segundos, prezo pela saúde, já que ambientes limpos são uma certa garantia de segurança.
 
Agora, vou confessar algo feio e chato! Quando visitava a mãe em sua casa (na acolhedora São Miguel do Oeste), averiguava o ambiente para ver se estava limpo, apesar de, sempre anterior à minha visita, a mãe fazer uma boa faxina na casa e, principalmente, no quarto de hóspedes. Depois de um tempo, pensando racionalmente, deixei essa idiotice de lado; afinal, a casa é dela, e ninguém melhor que a “mama” para mantê-la como bem lhe aprouver. Essa regra vale para a casa de qualquer amigo meu.
 
Sugestão de hoje “O seminarista” (Bernardo Guimarães). Na história, Eugênio convive na infância com Margarida. Fruto dessa aproximação, nasce o amor entre os jovens. Os pais de Eugênio mandam o filho ao seminário, como forma de romper o namoro. Margarida é encontrada por Eugênio em uma das visitas do seminarista à cidade natal. O romance é encerrado com a morte de Margarida e o enlouquecimento de Eugênio ao receber a notícia.
 
Em tempo: grato a todos pelo desejo de pronta recuperação de minha enfermidade no ombro! Vocês moram em meu coração!
 

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