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Diário da Pandemia – 192º e 193º dias de confinamento:

Setembro 27, 2020
Como hoje o Diário é duplo, vou contar, em seu início, um pouco do dia de sábado e outro pouco do domingo. Ontem, o dia transcorreu tranquilo, apesar de agora, por recomendação médica (porém contra a vontade), eu estar tomando remédio contra dor e anti-inflamatório para o ombro. À noite de ontem, uma janta muito legal com amigos diletos (já que a pandemia afrouxou um pouco), na qual conversamos sobre os mais diversos assuntos. E no domingão, como sempre, muita preguiça. Assisti, há pouco, ao empate (bom para nós) entre Palmeiras e Flamengo, em jogo polêmico por conta dos vários infectados pelo Coronavírus no plantel do Mengão.
 
A nostalgia “bateu” no peito hoje. Então, na volta ao passado pelo imaginário “túnel do tempo”, recordei dos tempos em que trabalhei como caseiro, ainda lá em São Miguel do Oeste.
 
Eu era bem jovem e recém havia iniciado minhas atividades profissionais como bancário, no BB. Não lembro a “troco de quantas”, mas o gerente da agência na época ia viajar de férias e pensou em deixar alguém cuidando de sua casa. Aí, convidou-me para essa tarefa, a ser exercida durante algumas noites.
 
Antes de viajar, passou-me orientações de como deveria cuidar da residência, que era alugada. Instruções passadas, assumi meu ofício em sua primeira noite. Tudo transcorreu tranquilo, como previsto, mas muito monótono – havia uma TV, entretanto, naquela época, sem Sky ou congêneres.
 
Não tive dúvidas: na segunda noite, convidei vários amigos para me “visitarem” na casa, a fim de bebermos e comermos algo. Aí, foi divertido. Lembro que sorvemos várias cervejas, à espera na geladeira, e assei alguns bifes. Tarde da noite, foram embora, e eu continuei meu ofício.
 
No retorno do gerente, uns 15 dias depois, tudo estava em ordem, com a casa pouco suja (mesmo que eu não a tenha limpado, cuidei para não fazer sujeira), e presenteou-me (não lembro mais com o quê), pelos serviços prestados.
 
Para “fechar” o domingo, vamos à sugestão literária: “Capitães da areia” (Jorge Amado). Lançado em 1937, o livro é uma das maiores obras do escritor baiano. A história gira em torno das peripécias de meninos abandonados que vivem como homens em um trapiche em Salvador e que, para sobreviver, praticam furtos pela cidade.
 
Boa noite! Boa nova semana!
 

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