Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 196º dia de confinamento:
Setembro 30, 2020
Dia novamente de temperatura beirando o insuportável de tão quente. Com isso, fiquei mais tempo na cama (já que o quarto tem climatizador), saindo mais tarde para ir ao banco e depois almoçar. À tarde, degustei um picolé, acompanhado de Coca-Cola (sabor café), na padaria do Geder. Logo mais, novo estresse à vista, com o jogo do Flamengo pela Libertadores – menos mal que em casa; então, chance de “vingar” o sofrido placar de 5 x 0 para os equatorianos do Del Valle. “Duma key”, em seu terceiro dia e 210 páginas depois, começa a ficar empolgante!
Motivado pelo sufocante calor, quero, neste Diário, recordar o bom tempo em que fabricávamos nossa cerveja caseira. Isso tem uma certa “idade”, já que, na ocasião, eu tinha meus nove a onze anos.
Obtida com os parentes de “Casias”, a receita era composta por quatro ingredientes básicos: água, lúpulo, cevada e açúcar. A mãe fervia bastante água em uma grande panela (daquela de fazer sopa), durante um certo tempo, com os demais ingredientes misturados em suas devidas medidas. Depois, após esfriar, enchíamos (sim, todos em casa ajudavam na tarefa) as garrafas, que eram as mesmas de 600 ml que os fabricantes do ramo utilizam para a cerveja industrial. Cada “lote” rendia em torno de umas 30 a 35 garrafas.
Então, as garrafas (na posição horizontal) eram armazenadas em um local arejado, destinado especificamente para esse fim. Depois de alguns dias (não lembro ao certo quantos), estavam próprias para o consumo.
E que delícia ficava a nossa cerveja! Num dia como o de hoje, aquele líquido descia incrivelmente bem, refrescando, na medida exata, o calor insuportável. Assim, além de durante as refeições, a consumíamos em qualquer outra ocasião.
Claro que, como toda produção que se preze, havia “as perdas”. Assim, de repente, escutava-se um forte estouro: uma garrafa não havia resistido à pressão e explodira! Isso era natural, ocorrendo com várias de um mesmo “lote”. Paciência!
Como todas as boas lembranças que tenho de meu bom passado, essa me faz sentir muitas saudades!
Boa noite!