Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 205º dia de confinamento:
Outubro 09, 2020
E viva a sexta-feira! Chuvinha boa e leve durante boa parte do dia, para amenizar o calor e recuperar os reservatórios de água – assim esperamos. Quis dormir mais do que o normal (hoje também!). À tarde, minhas obrigações de rotina das terças e sextas: academia e fisioterapia. Por falar nisso, bem-vinda ao grupo de leitores do Diário da Pandemia, simpática Marina Marció! Ainda hoje, depois do jogo da Seleção Brasileira de Futebol, iniciarei a leitura de mais um Stephen King: “O instituto” (levinho, só 543 páginas).
Como espertamente ensina a canção (“malandro é malandro, e mané é mané” – Bezerra da Silva), irei abordar no Diário sobre esse “fenômeno” brasileiro e mundial. Sim, porque o malandro, em sua raiz, transcende os seres humanos ditos normais.
O dicionário traz dois significados para a palavra “malandro”: “1. que ou aquele que não trabalha, que lança mão de recursos engenhosos, frequentemente condenáveis, para viver; vadio. 2. que ou aquele que leva a vida na malandragem, em diversões, prazeres”.
Prefiro a segunda acepção, e vou explicar o porquê. A ideia de malandro vinculada à vadiagem me parece menos “glamorosa”; afinal, o malandro, até provas em contrário, vive muito melhor do que muita gente que se preocupa com tudo certo (incluo-me aqui). Ele “plana” leve pela vida, nada parece incomodá-lo ou tirá-lo de sua zona de conforto. Enfim, aproveita o melhor que a vida tem a oferecer.
Assim, o malandro, como bem afirmava uma antiga propaganda de cigarros estrelada pelo craque Gerson (aquele da Copa de 70), “quer levar vantagem em tudo”. E ele estará errado por isso? Talvez sim, talvez não. Contradição, caro Prates? Talvez também...
A verdade é que, praticamente toda minha vida, fui sempre certo ao extremo, em tudo; nunca consegui ser malandro, e tenho uma certa inveja de quem o consegue. Afinal, o bom malandro (entenderam que não estou falando de um bandido perigoso, que também pode ser um malandro?) só quer se sair bem, ter vantagens, com o mínimo esforço possível (de preferência) sempre. E, geralmente, ele consegue isso.
Quando eu era jornaleiro, trabalhavam comigo alguns bons malandros. Em um Diário futuro, contarei um pouco das aprontadas deles; aí, provavelmente, vocês me entenderão melhor.
Boa noite e bom final de semana para todos nós!