Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 206º e 207º dias de confinamento:
Outubro 11, 2020
Mais um fim de semana marcado por muita tranquilidade – apenas uma leve (e chata) dor de cabeça me “assombrou” um pouco nesses dois dias. Ontem, felicidade genuína pela vitória (de virada) do meu Flamengo sobre o Vasco – 2 x 1. Hoje, acordar tarde, almoçar, dormir mais um pouco e assistir a muito futebol!
Desde que me tornei professor, há quase 30 anos, tenho “batido muita na tecla” da importância de termos cada vez mais leitores em nosso país. E uma questão que sempre precisamos debater envolve o “ser leitor”.
Afinal, o que é ser um leitor? Aquele que mais lê livros ou aquele que mais seleciona suas leituras? Acredito que a resposta está entre esses dois vieses. Permitam-me, então, explicar meu raciocínio.
O sujeito leitor, na verdade, é tanto aquele que lê muito (infelizmente, nossa média nacional de leitura é incipiente) quanto aquele que escolhe o que quer ler. Bom, com isso, chegamos a um parâmetro muito interessante: o leitor “de verdade” exerce seu ofício com frequência, ou seja, lê praticamente todos os dias. E, mais ainda: faz a leitura de suportes variados – jornais, livros e revistas, por exemplo.
Infelizmente, uma das “desculpas” que mais tenho escutado, principalmente de meus alunos (ao longo de todos esses anos), é que não há tempo disponível para ler. Ou seja: “professor, eu não tenho tempo para ler!”. Ao que, sempre discordo, propondo uma breve reflexão: não há tempo para ler, mas se fica mais tempo na cama (nem sempre dormindo), assistindo à TV, no celular (ou computador) e por aí afora.
Aos meus alunos de Educação Física, propunha uma outra análise. Pensemos em um corredor de maratona (mais de 42 km de distância). Ele, certamente, começou treinando centenas de metros, para depois passar a alguns quilômetros, até atingir a quantidade total. Assim funciona com a leitura: hoje leio alguns minutos; amanhã, aumento mais outros; e, de repente, sem perceber (e sem muito esforço), leio algumas horas diárias.
Onde quero chegar com todo esse debate (não gosto da palavra discussão)? Vamos ler, nem que seja um pouco por dia! O Diário, por exemplo, demanda apenas três breves minutos para sua leitura completa, e, acredito, é uma leitura “mediana” que só faz bem!
Boa noite!