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Diário da Pandemia – 209º dia de confinamento:

Outubro 13, 2020
Noite mal dormida (braço incomodou de novo...), o que me obrigou a ficar mais tempo na cama pela manhã. À tarde, bom chimarrão (o que está se tornando uma boa rotina), prévio à academia e à fisioterapia. Há pouco – por isso do “nobre” motivo de o Diário de hoje atrasar –, mais uma vitória do Flamengo sobre o fraco Goiás – diga-se de “passagem”, jogo muito deficiente tecnicamente, sendo decidido no minuto final. E assim vamos “peleando”, diria o gaúcho.
 
Por falar em jogo de futebol, hoje vi uma postagem no Facebook (não me lembro de quem) que me recordou os bons tempos da juventude em São Miguel do Oeste. Na postagem, aparecia um campo de futebol instalado em um terreno irregular, com a seguinte legenda: “quem chuta busca”.
 
Pois bem, lá pelos meus idos dos 17/18 anos, fizemos, eu e alguns amigos, um campinho de futebol em um terreno “cedido” pelo Exército Brasileiro. Para situar quem conhece São Miguel, o campo ficava onde atualmente está localizada a parte superior da Vila dos Oficiais, uns 300 metros longe da casa da mãe.
 
E lá ocorreram muitas partidas memoráveis, protagonizadas por jovens como Tedesco, Padeiro, Seco, Massarolo, Binotto (infelizmente, já falecido), Bode de Óculos (em outro diário, explico esse singular apelido), entre outros.
 
Como o campo estava localizado em um morro e havia pouca vegetação atrás das traves para amortecer os chutes, era comum, em “petardos” mais fortes, principalmente altos, a bola descer morro abaixo. E aí, em uníssono, todos gritavam: “quem chuta busca”. Era a “senha” para o sujeito de má pontaria sair correndo em disparada atrás da bola, não raro só conseguindo alcançá-la a 300 metros de distância...
 
Assim, o jogo acabava tendo uma interrupção necessária (não havia bola reserva) durante várias vezes em uma mesma partida. É claro, aproveitava-se para descansar e comentar a infelicidade do que estava correndo atrás da bola.
 
Foram bons anos jogados lá, até que mudamos para um campinho mais retirado, porém o “quem chuta busca” seguiu conosco, pois o terreno também estava no alto. Bons e felizes tempos aqueles!
 
Boa noite!
 

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