Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 68º dia de confinamento:
Mai 25, 2020
Segunda-feira também preguiçosa; até parece que era feriadão. Mas não foi. Apenas a letargia dominante destes tempos de pandemia. Quem não foi ainda vitimado por ela? Bom, quem ainda não o foi, provavelmente o será, mais cedo ou mais tarde. Paguei algumas contas que venciam e, fora isso, nada fiz de mais importante. Amanhã será outro dia, aí, sim, com bastante trabalho.
Recordei, neste dia, do meu tempo de jornaleiro do Correio do Povo, nos idos da década de 1980. Para quem não está familiarizado com a palavra, “jornaleiro” nada mais é do que o entregador de jornais, profissão “exterminada” depois que os jornais impressos, de um modo geral, migraram para a Internet.
Naquela época, pegava minha bicicleta, amarrava os jornais (em torno de 70) na garupa da bici e saía entregando de casa em casa, para os assinantes do jornal. Com isso, percorria cerca de 12 quilômetros diários, o que, além de me proporcionar um dinheirinho, ajudava-me a manter uma boa forma física.
Lembro com saudades de dois assinantes em especial: um tinha uma fruteira e, todos os dias, me presenteava com uma fruta quando recebia seu exemplar. O outro, advogado de renome, sempre me dava um trocado, que me ajudava a melhorar o parco salário de entregador.
Em um determinado Natal, ganhei de um dos assinantes (não lembro qual), uma bola de futebol. Foi a maior alegria! Recordo que a exibia, aos meus colegas jornaleiros, com muito orgulho! Bons tempos aqueles!
Hoje, duas sugestões literárias muito legais, ambas de autoria do meu grande amigo, mestre Elino. A primeira é “Acertando o passo”, da qual transcrevo um trecho que muito me chamou a atenção: “Não fez mais do que a obrigação! Essa é uma frase perfeita para transformar uma grande conquista da criança numa triste decepção. Diante do próximo desafio, é mais do que certo que ela não tenha o menor desejo de se esforçar.” A outra é “Cartas que não escrevi e uma que nunca recebi”. Um trecho para nossa apreciação: “Tenho que derrubar uns muros que me cercam e mesmo que tenha um amor ‘desse tamanho’ por você, tenho procurado entender as necessidades da tua vida...” Ao mestre Elino, agradeço por presentear-me com as duas obras.
Boa noite a todos!