Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 69º dia de confinamento:
Mai 26, 2020
A terça-feira, então, foi de trabalho, como é comumente, com as atividades para os “pequenos” da escola. Hoje, o preparo pareceu mais leve, talvez porque eu também estivesse mais tranquilo. A partir de amanhã, vou ter um contato on-line com meus alunos, o que deve nos aproximar um pouco, depois de quase 70 dias distantes. Também foi dia de fisioterapia para o meu problemático quadril.
Por falar em fisioterapia, não sei se vocês sabem, mas os planos de saúde pagam uma verdadeira “miséria” para esse profissional. Cada mês, descontam-me uma “pequena fortuna” de mensalidade do plano, porém o fisioterapeuta recebe apenas módicos 16 reais (isso mesmo!) por cada atendimento que presta a mim, geralmente durando em torno de 45 minutos a uma hora.
Justo isso? Não, totalmente injusto, conforme comentei com ele. Afinal, todos os seus anos de estudo e investimento não têm a devida remuneração. Em minha opinião, vejo que o plano de saúde acaba explorando esses profissionais. E isso também acontece com outras categorias, de acordo com o relato do fisioterapeuta: psicólogos, nutricionistas e assistentes sociais, por exemplo.
E, infelizmente, nem eu, nem ele, podemos fazer nada para mudar isso. Também sei que o plano paga módicos 100 reais por uma consulta médica, quando o profissional, em atendimento particular, pode ganhar de 300 a 400 reais pela mesma consulta. Este é o nosso país (breve aula de gramática: a palavra país, diferente de como escreve a imprensa, deve ser grafada com inicial minúscula. Exceção para País de Gales, nação situada na Europa)!
Sugestão literária do dia: “A língua de Eulália” (Marcos Bagno). Como o autor bem define, nessa novela sociolinguística, ele argumenta que falar diferente não é falar errado e o que pode parecer erro no português não padrão tem uma explicação lógica e científica. Na história, a professora Irene transforma as férias das também professoras Vera, Sílvia e Emília (todas do ensino primário) em uma espécie de atualização pedagógica, em que as alunas “reciclam” seus conhecimentos linguísticos. Leitura agradável e fácil!
Boa noite a todos!