Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 70º dia de confinamento:
Mai 27, 2020
Diferente de ontem, o dia hoje foi mais “puxado”. Após atender a duas turmas pela manhã (estilo videoconferência), levei um bom tempo, à tarde, para preparar as atividades para três turmas. Realmente, com as ditas aulas a distância, trabalhamos mais e não somos remunerados na mesma medida. Mas o pior de tudo é que nunca vamos ter o reconhecimento devido de ninguém – seja pais, seja Estado. Dissabores que, infelizmente, fazem parte do ofício de “ser professor”.
Hoje, recordo de um episódio especial da minha juventude: ver o mar pela primeira vez! Isso ocorreu há muito tempo (eu tinha lá meus 16 anos), mas parece que foi ontem... Estávamos em Itajaí, para os Jogos Estaduais das AABBs (Jeca), quando eu e uns colegas (mais ou menos todos da mesma idade) saímos da concentração e fomos à praia.
O acontecimento começou muito engraçado, pois ninguém havia levado calção pra banho de mar. Assim, fomos a uma loja e compramos os calções que havia à disposição: aqueles de jogar futebol. Dali, dirigimo-nos à praia... Mas como trocar de roupa, se estávamos todos de calças jeans? A solução foi pedir emprestado um banheiro de bar, à beira-mar.
E que alegria de entrar na água salgada pela primeira vez! Parecíamos aqueles potros que descobrem a felicidade de poder correr livremente pelos campos. Não lembro quanto tempo ficamos por lá, mas recordo bem dos bons goles de água salgada que tomei...
Depois, os jogos seguintes acabaram, senão me engano, acontecendo mais para o interior do estado. E deles também tenho boas recordações, que poderão ser assunto para futuros textos do Diário!
Hoje, a sugestão literária vai para “Memórias de um sargento de milícias” (Manuel Antônio de Almeida). Considerado um dos melhores romances brasileiros, o livro foi publicado durante um ano (1852-1853) anonimamente no suplemento semanal denominado “Pacotilha”, do jornal Correio Mercantil, no qual o autor era redator. O romance, que se afasta dos padrões românticos da época, relata, numa linguagem mais popular, o envolvimento do malandro Leonardo com Luisinha.
Boa noite a todos!