Textos para diversão e reflexão! Blog em que você vai acompanhar a minha rotina desde o início da quarentena da pandemia do Coronavírus (Covid 19).
Diário da Pandemia – 72º dia de confinamento:
Mai 29, 2020
A manhã foi de surpresa boa: recebi visitas que tornaram meu dia melhor, mas só posso esclarecer quem foram na semana que vem. À tarde, academia, como de costume às sextas. Enfim, dia tranquilo e normal. Particularmente, gosto da sexta, pois prenuncia o fim de semana que está para chegar.
Sempre gostei de teatro. Considero o teatro uma manifestação artística muito rica. Afinal, naquele momento, os artistas precisam dramatizar algo sem possibilidade de parar uma câmara e refazer a cena. Então, o teatro é uma arte inigualável e que precisa ser valorizada continuamente.
Pois bem, quando jovem, tive a oportunidade de atuar como ator durante algum tempo. Eu era bem entusiasmado pelas artes de um modo geral, mas o teatro me atraía mais.
Recordo que nosso grupo (Hey) teve um curso de interpretação com uma diretora de teatro de Curitiba. Preparamo-nos para encenar uma peça famosa à época: “O santo milagroso” (Dias Gomes).
Depois de muitos ensaios, começamos as apresentações, encenando em vários lugares diferentes de São Miguel do Oeste. Meu papel era bastante simplório: um fotógrafo, que não tinha falas. Eu apenas aparecia em cena e fingia fotografar alguma coisa.
Um tempo depois, um dos nossos personagens principais da peça saiu do grupo – não lembro por qual motivo. Aí, precisava alguém substitui-lo, mas ninguém estava disposto, pela complexidade do papel. Resolvi assumir o compromisso, decorando em torno de umas 700 falas diferentes. Foi um sufoco, mas consegui! Até hoje lembro com saudades daquela época boa do teatro, que nunca mais voltará...
Vamos ler mais um pouco? A sugestão de hoje é para “Aos meus amigos” (Maria Adelaide Amaral), livro estimado que ganhei, já faz 11 anos, de alunos de Letras. O texto parte de um suicídio e se revela um poema lírico, em que o mote é dado pelo tema da amizade. Assim, em torno do cadáver de Leo, que poderia ser o que quisesse, mas não sobreviveu à angústia, juntam-se personagens que têm em comum a geração e a insatisfação com as respectivas vidas. Leitura instigante!
Boa noite a todos!