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Cuidar de pessoas: minha grande missão de vida! (relato de experiência vivida)
Desde bem pequena, sempre tive um cuidado diferente com as outras pessoas. Ao brincar com minhas bonecas, por exemplo, eu fingia que cuidava delas por estarem doentes ou por serem pessoas de idade. Assim, acho que “nasceu em meu sangue” o dom de querer cuidar dos outros.
Muito tempo depois, já adulta, recebi o primeiro convite para ser cuidadora – não sei ao certo por que naquele momento. Sem nenhum conhecimento e com pouco estudo, resolvi aceitar, pois colocaria em prática paciência, amor e carinho. Com isso, adquiri muita sabedoria ao longo dos seis anos em que cuidei de uma senhora com Alzheimer. Com ela, presenciei e vivi todas as fases dessa triste doença. E sempre que a médica da família me elogiava como cuidadora, eu me enchia de orgulho, percebendo, então, que estava no caminho certo.
Depois, fui convidada a cuidar de uma pessoa cadeirante. Mesmo meio receosa e com um pouco de medo de não conseguir, aceitei o trabalho. Novamente, tive uma experiência única. Foram só dois dias de treinamento, e lá estou eu até hoje, sendo, além de cuidadora, sua amiga confidente e companheira para a maioria dos finais de semana e feriados.
Porém, entre todos, o meu maior desafio como cuidadora foi em 2018. Na oportunidade, chamaram-me para cuidar de uma pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Era uma moça e, ao mesmo tempo, uma criança. Sem nenhum conhecimento nessa área, dediquei-me a lhe dar muito carinho. Em consequência, obtive várias recompensas: a maior de todas, com seus sorrisos e ela dizendo sempre que me amava.
Percebendo que podia aprender ainda mais, para poder ter maior segurança ao cuidar de pessoas, resolvi, há pouco tempo, estudar nessa desafiante área. Então, iniciei o curso de graduação em Gerontologia: Cuidado aos Idosos, que, se Deus quiser, concluo agora no próximo mês.
Com certeza, após essas experiências de cuidar de pessoas, sinto que estou cada vez mais preparada para cumprir essa nobre missão que, acredito, Deus me reservou. Independe disso, quero me dedicar cada vez mais a isso, principalmente porque, um dia, também espero ser uma idosa bem cuidada e feliz!
* texto de autoria de Jacira Lucas, cuidadora de pessoas em Guarapuava (PR)
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