Inicialmente, defendo que educar o corpo físico deve acontecer sem desvincular a mente. Raramente, porém, pensamos na importância dessa disciplina (Educação Física). Para muitos colegas de outras áreas, é só uma aula da descontração e de bagunça, em que o professor é privilegiado porque não precisa corrigir um monte de provas. Por outro lado, somos exigidos muito mais física e mentalmente; afinal, não é muito fácil disciplinar 30/35 alunos em um ginásio...

Se pararmos para pensar, principalmente durante a Pandemia, percebemos a falta que o movimentar-se constantemente faz. Assim, através das atividades motoras, fortalecemos nosso corpo, diminuindo ou retardando diversas comorbidades ao longo dos anos. Porém, muitas vezes só nos damos conta da importância disso quando começamos a apresentar colesterol alterado, hipertensão, problemas articulares, entre outros.

Eu sou professora “das antigas”. Com isso, tenho algumas regras nas minhas aulas. Muitas vezes, por isso, rotulam-me de “chata”, mas só não participa das aulas práticas quem tem atestado médico. Além disso, não deixo fazer aula sem roupas apropriadas (para esses, uma aulinha teórica é a melhor opção, já que ficar copiando conteúdo, para mim, é castigo).

Na Pandemia, precisamos, mais ainda, reforçar a ideia da necessidade de movimentar o corpo e exercitar o cérebro. Enfatizo muito, em minhas aulas, o autocuidado e o autoconhecimento, para que cada um tenha a oportunidade de exercitar seus músculos em qualquer espaço, com pouco tempo e sem necessidade de aparelhos de academia, através do Treino Intervalado de Alta Intensidade (HITT), buscando, sempre, melhorar a qualidade de vida.

Por fim, também não podemos esquecer que a Educação Física ajuda muito na parte psicológica, aliviando o estresse, melhorando a qualidade do sono e a consequente socialização!

* texto de Celimar Westerich Izotton, professora de Educação Física pelo Estado de Santa Catarina, que reside em Vargeão (SC)